Estava a refletir, conversando com a minha mulher Benícia, sobre o poder das redes sociais. Na música, por exemplo, foi o nosso foco.
Antes, artistas contavam somente com shows e vendas de discos, além, é claro, de participação em programas de rádio e TV para a divulgação de seus trabalhos.
Aqui em Fortaleza, para compramos discos (vinil), íamos a Tok Disco ou Disc Som, pedíamos ao vendedor para tocar o disco e ouvíamos todas as faixas para levá-lo. Sentíamos prazer em dizer que comprávamos discos e originais.
Hoje a internet formata artistas de uma música só, que pelo Youtube têm um alcance imensurável. A letra de suas músicas é cantada antes mesmo do disco álbum chegar ao mercado.
Disco de ouro era uma conquista de 100.000 cópias vendidas; hoje, caiu pela metade, e quem chega a essa marca é digno de aplausos.
Alguém consegue se lembrar de duas canções de algum sertanejo universitário que fez sucesso há três ou quatro anos? Certamente que não, mas repetimos vários sucessos de tantos nomes, sempre que ouvimos, como agora ouço Michael Sullivan na TV, e se duvidar, tem gente que nem sabe quem é.
Prefiro, amigos, respeitando as vontades e opiniões, fazer parte de uma época que a permite a muitos jovens lamentar de não ter vivido.
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