Certas
coisas que acontecem nos dias de hoje são de impressionar qualquer pessoa que
tem sensatez e que causam indignação por perceber que vem se tornando uma
prática habitual e aceitável na sociedade de hoje.
Comemorar
mais um ano de vida faz parte de nossa cultura. Receber parentes e amigos e dividir
as alegrias de mais uma “primavera” conquistada, até mesmo que nos dias de
hoje, tão violentos e de criminalidade crescente, que não nos permitem fazer
qualquer projeção de dias futuros, trata-se de momentos singulares, únicos,
merecedores de comemoração.
Antes,
as famílias realizavam os aniversários nas dependências de suas casas, quintais
e até mesmo, na frente de casa, dividindo o espaço dos vizinhos. A famosa
panela de vatapá ou creme de galinha, arroz branco, salada, farofa, bebidas e
docinhos, e o bolo com a velinha, às vezes improvisada, configuravam o
tradicional cardápio dos aniversários. Festa de arromba para todo mundo sair,
como diz aqui no Ceará, de “bucho cheio”. Olha que tudo isso acontecia e ainda
acontece, mas com extrema raridade, independente de se levar ou não o presente.
O mais importante era a presença de todos.
Nos
dias de hoje, a importância não é mais a mesma. Muita coisa mudou e para ser um
convidado, precisa está com dinheiro no bolso. Muita gente busca comemorar seus
aniversários em restaurantes com as mais diversas desculpas, que não convencem
aqueles que têm um mínimo de sensatez.
Não
podemos negar que, ao contrário de promover uma comemoração nos moldes
tradicionais, em restaurantes não se tem trabalho de cuidar da arrumação, limpeza
e preparo de alimentos. Pega-se tudo pronto a um determinado preço. Porém,
muita gente vem transferindo esse ônus para os convidados, ou seja, faz o
convite e o convidado traz o presente e paga pelo seu consumo. Assim é muito
fácil comemorar aniversário, postar as fotos no Facebook e compartilhar as
alegrias.
Pode
até alguém, ao ler este texto, dizer: Que cara mesquinho! Que cara
ultrapassado! Que cara miserável! Mas minhas colocações não foram feitas para
essas conclusões. Foram, sim, para refletirmos sobre até que ponto caminhará a
insensatez das pessoas, principalmente aquelas que desejariam ter nascidas com
asas, para jamais por os pés no chão. Pessoas que se sentem poderosas e que
promovem esses tipos de eventos para posar de anfitriões, sem ao menos serem.
Não
sou antiquado. Acredito que se não se pode oferecer uma festa como um autêntico
anfitrião, que não faça. Se alguém vier com a afirmativa que faz ou fez sob a
pressão deamigos e familiares, aprenda a dizer um sonoro “não”, pois saiba que não demora muito, às muitas vezes, antes mesmo do término da festa, para os críticos entrarem em ação a falar de tudo e de todos. Muitos daqueles que deram um forte abraço no aniversariante e a falsa batidinha nas costas, seguido de parabéns.
Adorei ... Assino embaixo , quer fazer bonito que pague a festa.
ResponderExcluirQueria tirar essa dúvida. Ajudou bastante. 😉
ResponderExcluirEu sempre pensei assim, e já me senti desconfortável com esse tipo de convite, mas infelizmente hj a realidade é outra e o custo para se fazer qualquer coisa com o mínimo de decência é muito alto. Sem contar que pra comer e beber de graça aparece gente até do inferno, rsrs. Então como nem da pra arcar com tudo sozinho, e nem por isso vai se passar k resto da vida sem comemorar aniversário por exemplo, melhor se adaptar à nova realidade, repensar certas coisas e buscar o equilíbrio...
ResponderExcluirGostei da colocação!
ExcluirNunca pude oferecer uma festa para receber todos ao mesmo tempo que eu gosto em meu aniversário, sempre tive que escolher, dar prioridade a família e pouquíssimas porém mais presentes amigas, no entanto, sinto falta de ter todos num dia que pra mim é muito esperado e especial, já fui em muitas festas e paguei minha conta com muita alegria e satisfação de ver a felicidade de alguém que estimo muito.
Este ano farei pela primeira vez pretendo comemorar num restaurante e oferecer um delicioso bolo apenas, e amigos de verdade tenho certeza que não se importam em ter este gasto, quem não for amigo de verdade ou não tiver condições financeiras nem precisa ir, s
A maturidade me ensinou a ser bem seletiva e compreensiva ao mesmo tempo, sem melindres.
DISCORDO INTEGRALMENTE !!
ResponderExcluirPrefiro como antigamente. O convidado leva o presente. Que às vezes a depender do aniversariante já fica caro e o aniversariante que banque a festa.
ResponderExcluirEstou nessa situação, meu marido quer fazer o aniversário do meu filho no restaurante e convidar a família para cada um pagar o seu...sou extremamente contra...já tinha falado que não ia fazer nada..
ResponderExcluirJá falei ele vai sozinho não sou cara de pau ..
Achei perfeito seu texto. Sempre pensei desta forma. Se eu não tenho grana para uma grande festa comemoro com menos pessoas, as mais íntimas e a comemoração é boa da mesma maneira. Falta adapatar-se ao seu bolso para muita gente.
ResponderExcluirConcordo plenamente
ResponderExcluirConcordo em número, gênero e grau. Se não pode fazer, não faça. Ou, se resolver fazer, faça algo simples, elegante, íntimo, para poucas pessoas, e seja você o responsável pelos gastos....seja educado, gentil e grato, para com aqueles que você considera e quer a presença neste momento especial.
ResponderExcluirConcordo com você!
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