ACREDITANDO SEMPRE QUE A EDUCAÇÃO É A REDENÇÃO DE QUALQUER NAÇÃO E QUE DEVEMOS APOSTAR NISSO.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
ENEIDA DE VIRGÍLIO
A Eneida é uma das grandes obras da poesia mundial. Trata-se de um poema épico, escrito pelo antigo poeta romano Virgílio em latim. Narra a lenda do herói Eneias, sobrevivente da Guerra de Troia e ancestral dos fundadores da Roma antiga. É uma das maiores obras da literatura universal.
Na mitologia romana, Eneias era visto como um semideus — isto é, o filho de uma deusa casada com um homem. No poema grego Ilíada, que narra uma parte da Guerra de Troia, ele é comparado a Heitor, o príncipe troiano que era o guerreiro mais importante de seu povo. Eneias é o herói da Eneida, mas já era uma figura venerada pelos romanos muito antes de o poema ser escrito.
Como viveu o poeta
Públio Vírgilio Maro, mais conhecido como Virgílio, nasceu no dia 15 de outubro de 70 a.C., no lugarejo de Andes, perto da cidade de Mântua, na atual Itália.
Depois que o imperador Augusto venceu a Batalha de Áccio contra Cleópatra e Marco Antônio, Roma passou a viver um período de paz e estabilidade. Isso despertou nas pessoas sentimentos nacionalistas e orgulho pelo passado. Virgílio sentiu-se inspirado a escrever um poema épico que descrevesse as origens de Roma e os ideais de seu povo. O poeta inspirou-se na Ilíada, de Homero, e usou profecias, visões e descrições detalhadas para contar sua história.
Virgílio levou onze anos para escrever a Eneida. Quando morreu, em 21 de setembro de 19 a.C., sua obra ainda não estava terminada. Ele queria que o poema fosse destruído, pois achava que seriam necessários três anos para concluí-lo. O imperador Augusto não atendeu ao pedido do poeta. A obra tornou-se conhecida e apreciada em todo o Império Romano. Virgílio passou a ser admirado como porta-voz dos ideais romanos antigos e por ter alcançado a extrema perfeição na arte da poesia com sua obra.
A história da Eneida
Eneias era troiano. Seu pai, Anquises, era membro da casa real de Troia. Sua mãe era Afrodite, a deusa do amor. Anquises jurou nunca dizer a ninguém que tinha se casado com Afrodite. Mas, quando Eneias nasceu, ele contou o segredo para os amigos. Como punição, Anquises ficou cego.
Quando os troianos perderam a guerra para os gregos, Eneias liderou seus guerreiros para fora da cidade em chamas e carregou seu pai cego nas costas. Ele e seus companheiros fugiram em navios. Navegaram sete anos pelo mar Mediterrâneo, em busca de um novo lar. Seus navios foram destruídos na costa da África, perto de Cartago. Dido, a rainha de Cartago, se apaixonou por Eneias e implorou que ele ficasse com ela. Quanto Eneias partiu, Dido ficou tão triste que se suicidou.
Eneias e seus companheiros passaram pequenos períodos na Trácia (no norte da Grécia), em Creta (uma ilha grega) e na Sicília (uma ilha italiana), antes de chegar à região do Lácio, às margens do rio Tibre, onde depois se construiu Roma. Latino, o rei do Lácio, recebeu-os muito bem. Eneias ajudou o governante em suas batalhas contra o povo chamado rútulos.
Anos depois, Eneias casou-se com Lavínia, filha de Latino. Ele herdou o trono depois da morte do sogro e reinou muito bem, unindo troianos e romanos. Morreu em uma batalha contra os etruscos.
Fonte: http://escola.britannica.com.br
REFLEXIVA PARÁBOLA
Barulho de carroça
Uma das grandes preocupações de nosso pai, quando éramos pequenos, consistia em fazer-nos compreender o quanto a cortesia é importante na vida.
Por várias vezes percebi o quanto lhe desagradava o hábito que têm certas pessoas de interromper a conversa quando alguém está falando. Eu, especialmente, incorria muitas vezes nesse erro. Embora visivelmente aborrecido, ele, entretanto, nunca ralhou comigo por causa disso, o que me surpreendia bastante.
Certa manhã, bem cedo, ele me convidou para ir ao bosque a fim de ouvir o cantar dos pássaros. Concordei, com grande alegria, e lá fomos nós, umedecendo nossos calçados com o orvalho da relva. Ele se deteve em uma clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
– Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros?
Apurei o ouvido alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo o barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada.
– Isso mesmo... É uma carroça vazia...
De onde estávamos não era possível ver a estrada e eu perguntei admirado:
– Como pode o senhor saber que está vazia?
– Ora, é muito fácil. Sabe por quê?
– Não! - Respondi-lhe intrigado.
Meu pai pôs a mão no meu ombro e olhou bem no fundo dos meus olhos, explicando:
– Por causa do barulho que faz. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Não disse mais nada, porém deu-me muito em que pensar. Tornei-me adulto e, ainda hoje, quando vejo uma pessoa tagarela e inoportuna, interrompendo intempestivamente a conversa de todo o mundo, ou quando eu mesmo, por distração, vejo-me prestes a fazer o mesmo, imediatamente tenho a impressão de estar ouvindo a voz de meu pai soando na clareira do bosque e me ensinando: ''Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz''.
PENSAMENTO
O homem retrata-se inteiramente na alma; para saber o que é e o que deve fazer, deve olhar-se na inteligência, nessa parte da alma na qual fulge um raio da sabedoria divina.
Platão
MUITO MAIS QUE UMA PREOCUPAÇÃO
Desculpe se pareço revoltado no que direi, mas me vejo muito mais reflexivo e indignado com a postura humana e sua falta de sensibilidade com o básico da vida.
Reclamamos de tudo e de todos, com gritos de mudança,, e não fazemos nada diferente do que fizemos a um instante atrás. Somos uma um vinil de uma música só, que roda na vitrola da vida, como se não tivéssemos repertório.
Temos preguiça de ler, de pesquisar, de desbravar os recursos existentes que permitem as mudanças. Damos valor ao ter e não ao ser, e preço é o que existe e persiste na mente das pessoas.
O que interessa é tudo que move uma sociedade de consumo. Se pensa diferente, do jogo logo ficará fora.
Somos uma embalagem de um conteúdo que não se tem interesse de descobrir. Muitas vezes por concepções pré-definidas, também chamadas de preconceitos, mas também, por incompetência e preguiça de descobrir.
Estamos vivendo num mundo, numa sociedade do " tô nem aí". Pessoas insensíveis com a dor do semelhante em vez de estender-lhe a mão, ignora-o por um vídeo feito e postado nas redes sociais. Estamos parecendo abutres na sua lida diária pela sobrevivência, cujo alimento principal é a vaidade. Parecemos seres de um outro mundo, diferente daquele concebido pelo Criador sobre seu legado deixado.
E onde vamos parar?
Dizem que a porta do inferno é bem larga, ao contrário da do paraíso. Um dia, falando com um amigo bastante cristão, disse-me: "Para entrarmos no reino dos céus temos que ter muita fé e mostrar aqui na terra, como mortais, que fazemos valer o seu acesso".
Poxa, muito preocupante, não acham? Se para este humilde cristão o meu "bilhete de entrada" parece difícil de se conquistar, mesmo com fé, atitudes e um pensamento não tão diacrônicos em relação às leis Divinas, imaginem para muitos que sequer se preocupam com isso, construindo sua "felicidade" a qualquer preço e em cima da felicidade de tantos outros.
Só sei, amigos, que enquanto essa "ficha" não cai, tudo acontece, parecendo normal.
DINHEIRO, SEMPRE DINHEIRO, E NADA MAIS!
Autor: Professor Carlos Delano Rebouças
Já pararam para refletir que o
mundo gira completamente em função do dinheiro e ninguém pode deixar de aceitar
e acreditar nisso? São várias as situações que ilustram esta triste realidade, a qual
faz parte da vida de qualquer habitante deste planeta.
Refletindo sobre a minha vida, ao
longo dos meus 42 anos vividos, como também, sobre a convivência com tantas
pessoas vividas, experientes, com bem mais primaveras que este humilde
educador, fazemos também análise de seus relatos, de inúmeras situações em que
o valor do dinheiro predomina sobre quaisquer outros interesses, que despertam,
também, outros interesses e desinteresses, sendo este último, em valorizar
questões que dinheiro nenhum consegue comprar, ainda fico perplexo com o
comportamento humano, diante da sua relação com o dinheiro.
É comum se ver em tudo o dinheiro
como a ferramenta que conduz a humanidade. Sejam em filmes, novelas ou na vida
real. E entendam que muitos filmes e novelas se baseiam no cotidiano das
pessoas, da sociedade, retratando uma verdade, que na realidade, nua e crua,
gostaríamos que fosse uma mentira jamais revelada. São situações não factícias,
reais, consequentes do comportamento humano, fruto de uma educação, de uma
interação com o mundo, que corroboram também para o processo de formação
humana, gerando um ciclo, numa ciranda de seres frios, calculistas, mesmo que
acreditem ser o contrário
.
Quem se oferece para vestir a
carapuça?
Favor, não mais se presta
gratuitamente. Tem seu preço, pois o ditado que uma mão lava a outra, e quando
o dinheiro entra em questão, aí é que se valoriza o dito popular. Ninguém que
fazer mais nada por ninguém, sem que o dinheiro esteja à frente. Desculpe-me, Poeta
Gentileza, mas a sua tese de gentileza gera gentileza, para a massa deste
planeta, não contém argumentos suficientes para ser defendida.
Para piorar ainda mais a situação,
crianças e jovens são orientados, infelizmente, a pensar da mesma forma – que para
tudo tem que haver uma compensação financeira – e que favor e gentileza não
enchem barriga, não suprem as necessidades e não saciam as vontades.
Confirma-se a escola de formação de pessoas presas ao dinheiro, seres
materialistas, que só conseguem conhecer cifras, e nada mais.
Mesmo a humanidade se demonstrando
tão afeiçoada ao dinheiro, muito mais do que outros interesses, devemos
acreditar, sempre, que esta luta aparentemente desigual, a qual gera tantos
conflitos, pode ser vencida pelo bem, pelo amor, e que certamente não tem
preço, e dinheiro nenhum do mundo pode comprar.
CURIOSIDADES DE NOSSA LÍNGUA
Bom dia!
Um dia, discutindo com colegas de ofício sobre determinadas expressões aplicadas no nosso dia a dia, como também, nomes próprios quem nem mesmo seus detentores sabem a sua origem, lembrei-me do nome RIBAMAR.
Uma vez ouvi dizer que esse nome, típico de de Nordestino, em especial, Maranhenses, vem do fato de significar, conforme a origem latina, AQUELE QUE VÊ O MAR.
Os portugueses sempre desbravaram os oceanos, os mares, e por isso, tem esse nome comum no batismo de muitos patrícios.
terça-feira, 26 de julho de 2016
PENSAMENTO DO DIA
Nenhum prazer é em si um mal, porém certas coisas capazes de engendrar prazeres trazem consigo maior número de males que de prazeres.
Epicuro
A Corda
Autor: Desconhecido
Era uma vez dois países, cortados por um rio, rápido, largo, perigoso, no qual muitos se afogavam ao tentar atravessá-lo.Em um desses países fluía o leite e o mel - era o país da felicidade..O outro, estremecido por brigas e devastado pela preocupação, era o país da infelicidade.
Um dia um homem observa aquele rio e, por Amor, resolve fazer alguma coisa: - Vou esticar uma corda de uma margem à outra, mesmo que eu morra ao enfrentar os perigos do rio, não importa. No futuro, outros poderão apanhar a corda, atravessar o rio com segurança e atingir o país da felicidade.
Eis que um dia esse homem executa o seu projeto.Apanha uma corda, amarra uma das extremidades em uma árvore, agarra a outra ponta e mergulha na correnteza, lutando contra as ondas. No meio da espuma e dos rodamoinhos, caçadores confundem-no com um animal e atiram nele, ferindo-o mortalmente.
Mesmo ferido, num derradeiro esforço, o herói consegue alcançar a outra margem e amarrar firmemente a corda da salvação.
A partir desse dia, tal homem de coragem foi reverenciado por todos, que diziam:
- Ele morreu para nos salvar; é digno do nosso amor.
Na verdade, rendiam-lhe homenagens, todos o faziam.Mas poucos seguiam o seu exemplo. Diziam:- Se segurarmos a corda, não corremos o risco de nos afogar... mas a água está tão fria e o rio é tão largo...!O perigo da travessia continua grande!
E assim, com o correr dos anos, a corda foi esquecida.Coberta de algas e de galhos, não era mais visível. Porém, o culto ao herói sobreviveu: o povo construiu monumentos em sua memória, cantou hinos em sua honra e continuou evocando o seu nome pelo grande amor que aquele ser lhes havia dedicado.
E assim, com o correr dos anos, a corda foi esquecida.Coberta de algas e de galhos, não era mais visível. Porém, o culto ao herói sobreviveu: o povo construiu monumentos em sua memória, cantou hinos em sua honra e continuou evocando o seu nome pelo grande amor que aquele ser lhes havia dedicado.
Sucederam-se as gerações: a segunda, a terceira, a quarta...Oradores, cientistas e letrados falavam das virtudes do herói, e narravam a maneira como, morrendo, ele salvara os homens.
Mas nunca mais se falou da corda jogada por cima do rio. Tinha sido completamente esquecida.Os argumentos, os discursos e os ensinamentos dos chamados "sábios" acabaram criando uma grande confusão.
Superstições proliferaram e raros foram os que conseguiram distinguir a Verdade.
Oradores declaravam:
Por que esta disputa?
A única coisa necessária é adorar o herói como um Deus e acreditar que ele morreu para a salvação de todos.
E eis que, quando nós morrermos, entraremos sem dificuldades no país da felicidade.
Se o nosso corpo nos proíbe, por enquanto, a travessia do rio, após a morte a nossa alma voará para o outro lado.
O amor, a potência e a coragem do herói eram tão grandes que tudo o que pedirmos ao seu espírito ele nos concederá se lhe demonstrarmos bastante amor.
Superstições proliferaram e raros foram os que conseguiram distinguir a Verdade.
Oradores declaravam:
Por que esta disputa?
A única coisa necessária é adorar o herói como um Deus e acreditar que ele morreu para a salvação de todos.
E eis que, quando nós morrermos, entraremos sem dificuldades no país da felicidade.
Se o nosso corpo nos proíbe, por enquanto, a travessia do rio, após a morte a nossa alma voará para o outro lado.
O amor, a potência e a coragem do herói eram tão grandes que tudo o que pedirmos ao seu espírito ele nos concederá se lhe demonstrarmos bastante amor.
Quando o povo ouviu isto, sentiu uma alegria imensa e cobriu de honrarias os oradores, falando: Grande é a sua sabedoria, pois nos mostram um caminho fácil.
É simples: adorar, rezar e solicitar ao nosso herói a salvação na hora da nossa morte.
Portanto, agora, comamos, bebamos, sejamos alegres e aproveitemos da melhor maneira a nossa estada no meio onde estamos.
É simples: adorar, rezar e solicitar ao nosso herói a salvação na hora da nossa morte.
Portanto, agora, comamos, bebamos, sejamos alegres e aproveitemos da melhor maneira a nossa estada no meio onde estamos.
Nesse meio tempo, o espírito do herói contemplava os seus irmãos com tristeza, escutando as suas orações e súplicas.
Eles haviam esquecido a corda que ligava o país da infelicidade ao da felicidade e que havia custado a vida do herói, para deixar a todos o exemplo de coragem e o caminho da paz, que passa pela educação do coração e pela vontade de amar a todas as criaturas.
Eles haviam esquecido a corda que ligava o país da infelicidade ao da felicidade e que havia custado a vida do herói, para deixar a todos o exemplo de coragem e o caminho da paz, que passa pela educação do coração e pela vontade de amar a todas as criaturas.
Aquele povo perdera a chave que lhes permitiria ler as palavras daquele herói e de outros que existiram antes dele.
Liam com os olhos da carne, em vez de lerem com os olhos da alma.
Ainda surdos para ouvir, não conseguiam escutar o herói que ainda hoje continua a clamar:
Liam com os olhos da carne, em vez de lerem com os olhos da alma.
Ainda surdos para ouvir, não conseguiam escutar o herói que ainda hoje continua a clamar:
- Acorda!
- A corda!!
- ACORDA !!!
BIOGRAFIA DE MACHADO DE ASSIS: O MAIOR ROMANCISTA DO BRASIL
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) ou simplesmente Machado de Assis foi um escritor brasileiro. "Helena", "A Mão e a Luva", "Iaiá Garcia" e "Ressurreição", são romances escritos na fase romântica do escritor. Um dos nomes mais importantes da nossa literatura. Primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Foi um autor completo. Escreveu romances, contos, poesias, peças de teatro, inúmeras críticas, crônicas e correspondências.
Machado de Assis nasceu em uma chácara no morro do Livramento no Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Filho de Francisco José de Assis, um mulato, pintor de paredes e de Maria Leopoldina Machado de Assis, lavadeira, de origem portuguesa da Ilha dos Açores. Ainda pequeno ficou órfão de mãe e o pai casa-se pela segunda vez. Para ajudar nas despesas da casa trabalhou vendendo doces. Frequentou por pouco tempo uma escola pública.
Logo cedo mostrou seus pendores intelectuais, aprendeu francês com uma amiga. Em 1851 morreu seu pai. Em 1855 frequentava a tipografia e livraria de Francisco de Paula Brito, onde se publicava a revista Marmota Fluminense, em cujo número de 21 de janeiro sai seu poema "Ela". Em 1856 entrou na Tipografia Nacional, como aprendiz de tipógrafo, onde conheceu o escritor Manuel Antônio de Almeida, de quem se tornou amigo. Aí permaneceu até 1858.
Machado de Assis retornou, em 1858, para a livraria de Francisco de Paula Brito, onde se tornou revisor. Sem abandonar a atividade literária, passou a frequentar o mundo boêmio dos intelectuais do Rio de Janeiro. Logo veio a colaborar para vários jornais e revista, entre eles Revista Ilustrada, Gazeta de Notícias, e o Jornal do Comércio. Em 1864 publicou seu primeiro livro de poesias, "Crisálidas".
Em 1867 iniciou sua carreira de funcionário público. Por indicação do jornalista e político Quintino Bocaiuva, tornou-se redator do Diário Oficial, onde logo foi promovido a assistente de diretor. Em 1869 casa-se com Carolina Augusta Xavier de Novais, que o estimulou na carreira literária. Em 1872 publicou seu primeiro romance "Ressurreição".
Machado de Assis teve uma carreira meteórica, como funcionário público. Em 1873 foi nomeado primeiro oficial da Secretaria (Ministério) da Agricultura, e três meses depois assumia a chefia de uma seção. Recebeu do Imperador o grau de Cavaleiro da Ordem da Rosa, por serviços prestados à letras nacionais.
Machado de Assis foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em 1896. É aclamado presidente e por unanimidade, logo na primeira reunião, é eleito presidente. Ocupou a cadeira de número 23. Em sua homenagem, a Academia é chamada de "Casa de Machado de Assis".
Em outubro de 1904 morreu sua esposa, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois Machado de Assis tinha a saúde abalada pela epilepsia. Após sua morte o romancista raramente saía de casa. Em sua homenagem dedicou o poema "A Carolina".
Joaquim Maria Machado de Assis morreu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de 1908. Foi enterrado no cemitério de São João Batista, na mesma cidade onde nasceu e viveu toda sua vida. Representando a Academia Brasileira de Letras, o jurista Rui Barbosa fez um discurso em homenagem ao escritor.
Obras de Machado de Assis
Desencanto, teatro, 1861
Queda que as mulheres têm pelos Tolos, teatro, 1861
Quase Ministro, teatro, 1864
Crisálidas, poesia, 1864
Os Deuses de Casaca, teatro, 1866
Contos Fluminenses, conto, 1870
Falenas, poesia, 1870
Ressurreição, romance, 1872
História da Meia Noite, conto, 1873
A Mão e a Luva, romance, 1874
Americanas, poesia, 1875
Helena, romance, 1876
Iaiá Garcia, romance, 1878
Memórias Póstumas de Brás Cubas, romance, 1881
Tu, Só Tu, Puro Amor, teatro, 1881
Papéis Avulsos, conto, 1882
O Alienista, conto, 1882
Histórias Sem Data, conto, 1884
Páginas Recolhidas, conto, 1889
Quincas Borba, romance, 1891
Várias Histórias, conto, 1896
Dom Casmurro, romance, 1899
Poesias Completas, 1901
Esaú e Jacó, romance, 1904
Relíquias da Casa Velha, conto, 1906
Memorial de Aires, romance, 1908
CICATRIZ
Há quem passa... E deixa só cicatrizes.
Há quem passa... Semeando flores.
Há quem passa... Banhando-nos em lágrimas.
Há quem passa... Disposto a secá-las.
Há quem passa... Torcendo por nossa vitória.
Há quem passa... Aplaudindo nossos fracassos.
Há quem passa... Ajudando-nos a levantar.
Há quem passa... Fazendo-nos cair.
Há quem passa... Como sombra.
Há quem passa... Como luz.
Há quem passa... Como pedra no caminho.
Há quem passa... Como pedra de construção.
Há quem... Para todo deslize vê uma falha irreparável.
Há quem... Nos oferece o perdão.
Há quem... Ignora nossos erros.
Há quem... Nos ajuda a corrigir.
Há quem passa... Rápido, veloz, despercebido.
Há quem... Deixa marcas profundas.
Há quem... Simplesmente passa.
Há, porém, quem... Fica para sempre no nosso coração!
Há quem passa... Semeando flores.
Há quem passa... Banhando-nos em lágrimas.
Há quem passa... Disposto a secá-las.
Há quem passa... Torcendo por nossa vitória.
Há quem passa... Aplaudindo nossos fracassos.
Há quem passa... Ajudando-nos a levantar.
Há quem passa... Fazendo-nos cair.
Há quem passa... Como sombra.
Há quem passa... Como luz.
Há quem passa... Como pedra no caminho.
Há quem passa... Como pedra de construção.
Há quem... Para todo deslize vê uma falha irreparável.
Há quem... Nos oferece o perdão.
Há quem... Ignora nossos erros.
Há quem... Nos ajuda a corrigir.
Há quem passa... Rápido, veloz, despercebido.
Há quem... Deixa marcas profundas.
Há quem... Simplesmente passa.
Há, porém, quem... Fica para sempre no nosso coração!
ESCÓRIAS DA SOCIEDADE?
Por Carlos Delano Rebouças
A rua é de todos! Assim é o
grito de quem a escolhe para viver e se intitula seu legítimo morador. Nela,
poucos são vistos como mocinhos; muitos, antagonistas de uma história de
horror.
Um dia parei para observar
como vivem. Juro que busquei entender escolhas e caminhos seguidos por muitos
que até um dia desses tinham casa e família estabelecida. Confesso que tentei
encontrar respostas para tanto sofrimento e tantas privações, quando se
contentam com tão pouco.
A felicidade se estampa no
rosto numa singela sopa recebida. Um cobertor ou touca usada, ou uma simples
meia que não serve para alguém, significa muito para quem tem tão pouco e cara
de ninguém. O frio castiga e mata. Quantos morrem sem saber. Dormem num
inevitável sono de uma noite indesejada, e desprotegidos, não veem o sol raiar
de um novo dia que se poderia se anunciar. O frio rouba vidas, assim como os
próprios moradores de rua esperam o sono chegar daqueles vizinhos que deve
dormir sempre com um dos olhos abertos, pela defesa do pouco que tem.
E o que seria deles se não
fossem as almas generosas, pessoas que voluntariamente saem na madrugada
alimentando, agasalhando e estendendo sua mãe e abrindo seus corações, para
minimizar o sofrimento de tantos vistos com escórias de uma sociedade que
recrimina?
Ainda bem que no mundo
existem espécies raras de pessoas que têm sensibilidade; que sabem que conviver
com o frio da noite não é nada fácil. Se no Nordeste brasileiro é difícil,
imagine que passa noites nas ruas do Sul e do Sudeste brasileiro, sem ter muito
com que se agasalhar ou sem uma sopa quente para aquecer. Parabéns a estas
pessoas que demonstram humanidade com aqueles que a sociedade, na sua maioria,
enxergar como um peso na economia e que em nada contribui e influi.
Escórias que nada! Pessoas
que precisam de ajuda, de uma atenção. São muitas histórias diferentes, que
chocam, emocionam e motivam. São muitos personagens que merecem atenção e um
destaque maior, pois são grandes artistas da vida real, como aquele do filme O
Solista, que narra a história real de um morador de rua esquizofrênico, de
admiráveis habilidades com o violino, descoberto por um jornalista que desejava
abordar a sua história de vida nas ruas.
Como Nathaniel Ayers, protagonista do filme, as ruas do Brasil têm muitos,
nem tanto com o mesmo dom musical, mas quem sabe, outros que possam
sensibilizar tanto quanto. Quem sabe um dia, possamos encontrar um
personagem desses e nos permitir que nos sejam ouvidos, antes que o frio e a insegurança
da noite ceifem suas vidas.
DICA DE PORTUGUÊS
Bom dia, amigos!
Geralmente as orações subordinadas substantivas são iniciadas pelo "que" e "se', antecedidos ou não por uma vírgula que separa a oração principal da subordinada.
Ex. Paulo perguntou se íamos à festa. (ordem direta).
Se íamos à festa, perguntou Paulo.(ordem indireta).
Nos dois casos são classificadas como OBJETIVA DIRETA.
Porém, na situação abaixo, a classificação é bem diferente, funcionando como uma adverbial, com valor de CONDIÇÃO.
Ex. Se não chover hoje, certamente iremos à praia.
Fica a dica!
segunda-feira, 25 de julho de 2016
PALAVRAS DE CONFORTO
“Entregue suas preocupações ao Senhor,
e ele o susterá;
jamais permitirá que o justo venha a cair.”
Salmos 55:22
Tenha fé, não se desespere, pois Deus está ao seu lado e ajudará você a superar esse momento de dor. Confie seu coração e seu sofrimento ao Senhor, pois Ele nunca abandonará você.
A vida não é apenas feita de momentos bons e alegres, mas também de dificuldades e dor, mas são nesses momentos difíceis que devemos aprender lições valiosas, assim como mostrar nossa força e nossa fé.
É atravessando essas tribulações que temos oportunidade de demonstrar a Deus que confiamos n'Ele, que O amamos sobre todas as coisas e nada abalará nossa fé. Pois Ele saberá recompensar os bons e os justos, aqueles que nunca fraquejam e sempre se mantêm fiéis ao Seu amor.
Tenha confiança no Senhor e também nas suas próprias capacidades. Ore a Deus para que lhe conceda força e conforto, e assim poder superar este momento de dor.
EXPRESSÃO DE CEARENSE
O Cearense se difere dos outros brasileiros espalhados pelas diversas regiões do nosso Brasil, também pelo seu vocabulário bastante variado e de curiosos sentidos. Vejamos:
CURUBENTO:
|
Aquele que vive acometido de curuba
ou está sempre se coçando.
Ex. Vamos nós, somente, pois se esse curubento for, ninguém arranja nada por lá.
|
BELO POEMA DE FLORBELA ESPANCA
Aos olhos dele
Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa;
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
É uma ilusão apenas e mais nada!
Mas avisto os teus olhos, meu amor,
Duma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver esses dois céus:
Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!
Não acredito em nada. As minhas crenças
Voaram como voa a pomba mansa;
Pelo azul do ar. E assim fugiram
As minhas doces crenças de criança.
Fiquei então sem fé; e a toda a gente
Eu digo sempre, embora magoada:
Não acredito em Deus e a Virgem Santa
É uma ilusão apenas e mais nada!
Mas avisto os teus olhos, meu amor,
Duma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver esses dois céus:
Eu creio, sim, eu creio na Virgem Santa
Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio, sim, creio, eu creio em Deus!
VIRGÍLIO
Públio Virgílio Marão foi um importante poeta romano. Nasceu na cidade italiana de Andes (atual Pietole) em 70 a.C. e morreu na comuna italiana de Brindisi em 19 a.C.
Temas retratados
Virgílio foi um grande admirador da cultura grega e sua obra teve grande influência do poeta grego Teócrito.
Em suas obras, Virgílio deu grande destaque para as tradições da cultura latina, valorizando a expansão de Roma. Buscou a perfeição estilística e retratou, nos poemas, seus sofrimentos, angústias e ilusões.
Obras principais:
- Bucólicas
- Eneida
- Geórgicas
Frases de Virgílio
- "O amor vence tudo; deixe-nos também entregar ao amor".
- "A alma move toda a matéria do mundo."
- "Feliz aquele que conseguiu compreender a causa das coisas."
SEGREDOS DE MINHA LANCHEIRA
Autor: Carlos Delano
Rebouças
Muito feliz fiquei
naquela noite de domingo, véspera do reinício das aulas, ao ganhar de meus pais
a tão sonhada lancheira escolar, embora já estivéssemos aguardando o primeiro
dia de aula após as férias de julho. Foi a primeira lancheira que possuía na
minha vida. Nunca, ao longo dos meus 11 anos de idade e já no 5º ano do ensino
fundamental, imaginava ganhar um presente tão sonhado e ao mesmo tempo tão
tardio, pois essa fase já se passara e meus pais sequer sabiam.
Depois de um rápido
banho, daqueles que não molham o corpo inteiro, sentei-me á mesa para tomar o
café da manhã com meus pais e meu irmão Lucas. Luquinhas, como era tratado por
todos, ainda não iniciara a sua vida escolar, apesar de já ter idade de
pré-escolar.
A expectativa era grande
em saber o que minha amada mãe colocou naquela lancheira estreante na minha
vida, pois nem podia imaginar, pois já estava preparada antes mesmo da mesa ser
posta para o nosso café da manhã tradicional, daqueles que não se ver mais
acontecer nos lares brasileiros. Minha mãe sabia que minha curiosidade seria
tamanha e tratou de preparar meu lanche antes mesmo do meu despertar.
Embora curioso, não busquei
em momento algum saber o que tinha naquela lancheira. Certamente minha mãe não
poderia gostar de ser indagada sobre o cardápio do dia, mas de onde tirei essa
conclusão, diante de uma situação tão comum? Por que minha obstinada mãe
hesitaria em me dizer o que levava para escola como lanche? Por que entender
que se trataria de uma informação confidencial a se ter no intervalo de aula,
pois, ao deixar a minha casa a caminho da escola, poderia abrir a lancheira e
saber o que tinha no seu interior?
Preferi resguardar o
mistério, pois eu, o mais curioso e interessado em saber, disse a mim mesmo,
naquela longa caminhada até a escola, que me seguraria até o toque do
intervalo.
Chegando à escola, logo
aquela lancheira pendurada em meu obro pela sua alça chamou atenção de todos.
Inevitavelmente, vi olhares de espanto misturados com risos debochados, como se
perguntassem: “Por que veio de lancheira, se não estás mais no jardim da infância”?
Atitudes de colegas que se repetiram por todos até a hora do recreio.
Ao toque da sirene que
anunciava o recreio e em meio a tanta correria, fiquei esperando a sala se
esvaziar. Queria, sem expectador nenhum a testemunhar, desbravar aquela
lancheira que esperei 11 anos para ser dono de uma. Queria ter o prazer de
dizer que um dia a possuí, mesmo sabendo que por ela fui vítima de “bullyng”,
mas que não me importou tanto assim. O que mais me importava era saber o que
tinha de lanche dentro daquela lancheira e nada mais.
Vagarosamente e com as
mãos trêmulas e suadas, abri a lancheira como se fosse um apresentador abrindo
um envelope anunciando o vencedor de um concurso de calouros. Olhos arregalados
e olfato ativado, prontos, para a grande descoberta. Aberta a lancheira, vi que
tinha dois recipientes dentro, um para líquido e outro para sólido. Pensei: “deve
ser um suco de acerola, daquelas do nosso quintal e um sanduíche de ovo de
galinha matriz”. Esse era o lanche de sempre que fazíamos na nossa casa e mais
do que esperado ser o que tinha naquela misteriosa lancheira.
Sem perder mais tempo, já
que o recreio estava prestes a terminar, abri o recipiente liquido e para a
minha surpresa, era refrigerante. Lágrimas escorriam de felicidade em meu
rosto, pois era aquela bebida que há tempos não tomava. Na última vez, foi no
aniversário de meu irmão Luquinhas, e já se passavam 02 anos antes de mudarmos
para a comunidade da Ribeirinha, onde energia elétrica ainda não tinha chegado.
Não tínhamos como conservar refrigerante em geladeira, pois não a possuíamos.
Porém, naquele dia, mesmo em sua condição natural, minha mãe pôs na minha
lancheira.
Faltava saber qual seria
o alimento sólido, que desconfiava ser um sanduíche de ovo. O cheiro era
maravilhoso e não dava indícios de imaginar o que seria, embora existisse a
possibilidade de ser, pois meu olfato parecia predestinado a identificar
somente alimentos preparados com ovos. Sem perder tempo, ao abrir aquele saco
de plástico que o embrulhava, tendo ainda um papel laminado que o envolvia, não
tive como conter a minha felicidade. Um largo sorriso estampou-se no meu rosto,
ao ver o que minha mãe tinha preparado para mim. Vi que se tratava de um belo
sanduíche de ovo, acompanhado de um bilhetinho que dizia:
“Meu filho, bom retorno
às aulas; que continue a ser esse filho estudioso, educado, humilde e, acima de
tudo, compreensivo; que sempre entendeu as nossas condições financeiras e
compreende que tudo é feito com muito esforço. Aproveite muito bem essa sua
lancheira e o que preparei para você, sempre na fé que Deus irá abençoar nossas
vidas e podermos preparar sempre o seu lanche diário, independente de seu
cardápio. Bom apetite!”.
Não tive como conter minhas lágrimas. Foi o
melhor presente que recebi em toda a minha vida. Nunca um segredo teve tanto
prazer em ser desvendado e jamais causou tanta felicidade, quanto os contidos
na minha lancheira. Pude, além de descobrir o cardápio do lanche do dia, ratificar
ainda mais a mãe e a família maravilhosa que Deus tinha me presenteado. Existe
presente maior?
Assinar:
Postagens (Atom)
-
A canção de autoria de Belchior – Galos, Noites e Quintais – que também fez muito sucesso com Jair Rodrigues, serve-nos para uma análise in...
-
EMPRESAS TERCEIRIZADAS DA PETROBRAS NO CEARÁ E RIO GRANDE DO NORTE, NAS CIDADES DE GUAMARÉ, NATAL, MOSSORÓ, ALTO DO RODRIGUES, PARACURU, FO...