Bode Ioiô foi um famoso bode que viveu na cidade de Fortaleza do início do século XX, mormente na década de 1920. Figura folclórica da cultura popular cearense, Ioiô costumava perambular pelas
ruas centrais da cidade, na companhia de boêmios e escritores que frequentavam os bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira, antigo centro cultural da capital,
e que lhe davam cachaça para beber. Segundo
conta a história popular, recebeu o nome de "Ioiô" por percorrer
sempre o mesmo trajeto, definido entre a Praça do Ferreira e a Praia de Iracema.
Trazido a Fortaleza em 1915 por retirantes sertanejos, foi adquirido e mantido por José de Magalhães
Porto, representante do industrial Delmiro Gouveia, correspondente no nordeste
da empresa britânica Rossbach Brazil Company, localizada na Praia de Iracema,
da qual se tornou uma espécie de mascote. Ioiô virou tema de documentários,
histórias de cordel e livros infantis. É citado em obras
de memorialistas cearenses como o poeta Otacílio de Azevedo e o historiador Raimundo Girão. Recentemente foi eleito pelas crianças da capital
cearense como o ‘mascote’ de
Fortaleza.
Ioiô foi imortalizado ao ser empalhado e doado ao acervo do Museu do Ceará, logo após sua morte, em 1931. Em 1996, teve o seu rabo roubado.
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