quinta-feira, 18 de setembro de 2014

BRASIL: NAÇÃO DE IGNORANTES

Autor: Professor Carlos Delano Rebouças

Não se enganem meus amigos, com os números apresentados pelas entidades responsáveis em avaliar o nível de educação do povo brasileiro. Na prática, não revela uma verdade absoluta.

O Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, geralmente apresenta números baseados em resultados que estão bem distante de uma sonhada realidade da educação brasileira. Dados repassados pelos governos, que representam exclusivamente seus interesses - de ocultar a verdade - para melhor promoverem suas imagens de responsáveis sociais, estabelecendo uma reputação somente questionada aos olhos dos mais críticos.

Sempre tomamos conhecimento, pelos mais distintos meios de comunicação, que investimentos na educação não são poucos. Escolas são construídas e reformadas, além de equipadas; professores são selecionados e contratados; vagas nos mais diferentes níveis são ofertadas; mas na prática, ratifica-se um total descaso com a educação no Brasil.

As mesmas escolas que são construídas e reformadas, muitas vezes, demoram a ser inauguradas. Logo são sucateadas e depredadas por alunos que desconhecem o senso de cidadania, porque não lhe é ensinado, seja por vezes não ter profissionais de educação, professores, em sala de aula, mesmo concursados, mas jamais convocados na quantidade necessária, ou até mesmo tendo profissionais de educação em sala de aula, mas estes, infelizmente, preferindo fazer de conta que ensinam, enquanto os alunos fingem que aprendem.

Diante da incompetência administrativa, histórica, da gestão pública do nosso país, que demonstra uma total despreocupação com a educação do povo brasileiro, ratificando, infelizmente, um cenário de abandono, a qual redunda na lapidação de uma nação de ignorantes, é que nos faz acreditar que este país parece que não tem mais jeito, que o nosso futuro vai ser o retrato de nossa realidade. Ratificamo-nos a cada dia como um povo ignorante, despreparado, aculturado, mas dentro da escola e com um diploma na mão.

Com este rótulo, bienalmente, deparamo-nos com uma urna e depositamos um voto em uma pessoa que acreditamos ser a ideal para nos representar, publicamente. Todavia, e bem mais comum acontecer dessa escolha ser mal feita, até mesmo por desconhecer o candidato, induzido pelas mais diferentes influências, não bem mais que pela nossa falta de capacidade de escolha.

Um país que não permite a liberdade de votar pode ser visto, estendendo o direito de voto a todo e qualquer cidadão, independente de sua instrução, de fato, pode ser visto como um país democrático que caminha para o crescimento? Ratifica-se como um país que pouco valoriza educação para se beneficiar de suas mazelas. Obrigar um ignorante a votar é ter a certeza de suas consequências.

Não. O Brasil precisa urgente se reciclar. Necessita promover uma metamorfose na sua mentalidade, caso contrário, continuaremos nossa peregrinação rumo a um abismo cultural, que se estende em todos os setores da sociedade, em todas as regiões do país. Somos um país de ignorantes, que se engana a cada dia, e que demora a aceitar devido às tantas vaidades, enraizadas, na nossa pseudocultura, que de nada agregam em valor.

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