Por:
Professor Carlos Delano Rebouças
Às vezes, conversando com amigos ou durante as minhas aulas, costumamos
falar de grandes nomes da literatura cearense, consagrados, desde os mais
conhecidos até o menos conhecidos, porém, nem menos importantes.
Nomes como José de Alencar, Moreira Campos, Rachel de Queiroz, sempre
são tratados, como suas obras, mas, nomes como Rodolfo Teófilo, Antônio Sales,
Barbosa de Freitas, Silva Paulet, Adolfo Caminha, dentre outros, remetem-nos a
voltar para um passado bem distante, entretanto, bastante curioso para a nossa
literatura e nossa história cearense.
Batista de Lima tem a sua importância no desenvolvimento dessa paixão –
de gostar e admirar a Literatura Cearense - por ter não só me ensinado muito
desta literatura, quando foi meu professor na UECE, mas por ter me despertado
este sentimento.
Ele por si só, já faz parte desta história. Grande professor, Escritor,
e estudioso da nossa língua e literatura, Batista de Lima, autêntico cearense
de Lavras da Mangabeira, sempre nos incentivou a amar a Literatura de nosso
estado, valorizando nomes como Luciano Maia, Jader de Carvalho, Sânzio de
Azevedo, dentre outros.
Na história da Literatura Cearense cabe seu nome. Batista de Lima é um
grande nome a ser lembrado, não somente por suas obras (Miranças, 1977; Os
Viventes da Serra Negra, 1981; Engenho,
1984; Os Vazios Repletos, 1993,
Moreira Campos - A escritura da Ordem
e da Desordem, 1993; Janeiro da
Encarnação, 1995; O Pescador de
Tabocal, 1997; A Literatura Cearense
e a Cultura das Antologias, 1999; O
Fio e A Meada: ensaios de Literatura Cearense, 2000; Janeiro É um Mês que não Sossega,
2002; O Sol de Cada Coisa, 2008,
dentre outras), nem por fazer parte da Academia Cearense de Língua Portuguesa,
muito menos por ser um premiado escritor.
Batista de Lima deve ser lembrado por toda a sua contribuição à Literatura e Língua portuguesa. Fica aqui o meu reconhecimento, caro Batista de Lima, e que os cearenses
menos desinformados saibam que o Ceará tem muito mais que José de Alencar.
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