Autor: Professor Carlos
Delano Rebouças
Manhã de segunda-feira, seis
da manhã. Começa a semana de trabalho, correria total e Betinho num sono
profundo.
Todos os seus amiguinhos,
vizinhos e coleguinhas, fardados, de mochila nas costas, prontos, a caminho da
escola, mas Betinho, dormindo, distante do despertar da educação. Será que esse
sono é eterno? Será que Betinho precisa se acordar?
Televisores ligados até
tarde, madrugada inteira e o sol quase raiando. Pais exaustos de um dia puxado,
cansativo, de uma folga aproveitada com muita diversão, bebida, passeios. O
domingo foi assim e sempre é assim, mas, a segunda-feira, inevitavelmente chega
para todos, inclusive, para Betinho.
Deram sete horas, passou do
horário de ir para a escola e Betinho ainda dorme, por falta de um alarme, de
um despertador, até mesmo de um celular. Que pena, o celular está descarregado.
Foi usado durante a madrugada inteira pela mãe de Betinho, que ainda aguarda o seu
chamado para se levantar e ir para a escola. Espera-se que pelo menos tenha
feito a tarefa de casa.
O despertar que faltava para
Betinho parece que não veio e que insiste em não aparecer. Betinho perdeu a
aula, perdeu mais um dia de aula de tantos outros perdidos por falta de um grito.
Sua tarefa não foi entregue, mas, se duvidar, sequer foi feita. Será que sua
mãe cobrou isso? Até parece que Betinho tem pais relapsos, que não se preocupam
com a educação do filho, não é?
Acorde, Betinho! Acorda para
a vida e ensine a quem lhe deve ensinar a ter responsabilidade, disciplina e
compromisso com a educação, já que não foram ensinados para isso e ainda
permanecem num sono profundo.
Acorde, acorde, acorde,
vamos...!
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