segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Palavras




Por Carlos Delano Rebouças

Palavras nascem soltas, solitárias, perdidas na voz e soltas pelo pensamento. Depois, unem-se, aglutinam-se, formando outras mais e gerando frases, orações e períodos.

Machucam sem residirem num texto longo, quando assim querem na sua brevidade; às vezes, sem mesmo querer, deixam marcas que da memória relutam em não mais não sair. Alegram, com um sorriso no rosto; fazem chorar sem uma lágrima escorrer.

Elas fazem parte de nossa origem e de nossas vidas, desde sempre. Precisamos delas para tantas coisas...!

Precisamos conhecê-las melhor! Saber usá-las como devem ser! Não podemos abandoná-las como se não fosse ninguém, como se não tivessem importância alguma!

Faladas ou escritas, são bárbaras de se ouvir e ver na voz de quem as valoriza; mas precisam ser enxergadas quando não têm som nem forma em um pedaço de papel.

Elas são nossos instrumentos de libertação, mas podem nos levar a uma prisão que nem sempre possui grades e muros. Prisões que nos tornam punidos pela ignorância de desconhecê-las, parecendo cárceres muito mais difíceis de aceitar.

Que as palavras sejam sempre bem ditas e benditas, também. Que sejam mecanismos de paz e compreensão, para uma melhor interpretação do mundo. 

A palavra é sua! A palavra é de Deus!


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