Autor:
Carlos Delano Rebouças
Allan foi meu aprendiz no programa de
aprendizagem no qual atuo, como tantos outros jovens inteligentes e maduros que
possuo, mas, independente de sua jovialidade, sempre contribui muito com suas ideias
e pensamentos sensatos, nas inúmeras conversas informais que mantemos, antes de
depois dos encontros.
Quando conversávamos sobre o baixo nível de
conhecimento das pessoas, da juventude brasileira e dos adultos que são
formados em sequência, decorrentes da falta de preocupação em não se permitir
adquiri-las, pelos mais diferentes canais, e não nos faltaram argumentos para
justificá-lo.
Um desses canais de aquisição de
conhecimentos é a televisão, isso mesmo, este ainda intrigante equipamento
nascido um pouco antes dos meados do século passado, que com som e imagem
continua a chegar à maioria dos lares, e se tornou ao longo do tempo o
equipamento mais comum nas mais variadas classes sociais. Supera, em nível de
valorização, o rádio, no Brasil.
Como qualquer equipamento eletrônico que
não tenha se tornado obsoleto, televisão passa por uma preocupante revolução
desde o seu surgimento, principalmente quanto a sua programação. O que um dia
se restringia à informação e entretenimento, hoje, a TV, como é tratada, passou
a ser um instrumento de transformação comportamental e de valores. O homem não
é mais o mesmo de algumas décadas para cá, e a televisão é tida como a grande
responsável.
Independentemente da emissora, da
programação e do horário, hoje a TV influencia diretamente na vida das pessoas.
Filmes, programas de auditório, shows da vida real e principalmente novelas,
estas, usando do argumento que retratam fatos de uma realidade, deturpam
valores, contaminam mentes, estabelecem crenças e impõem verdades, suas, que
querendo ou não, são assimiladas, gerando mudanças comportamentais inaceitáveis
sob os mais diferentes aspectos. Moral, ética e respeito, além de um conteúdo
enriquecedor, há tempos deixaram não são mais prioridades na televisão
brasileira.
E que não me venham dizer que o controle
remoto é a maior censura que podemos dar a essas programações medíocres, que de
pronto seremos contrários, não é, Allan?
A Televisão é um equipamento encantador,
como o mundo é. O mundo foi criado por Deus em sete dias, e o homem, faz parte
desta criação. A TV foi criada por um ou vários homens, tendo a inteligência
como uma dádiva. Não seremos nós, seres corrompidos pela sociedade,
estabelecedores de todos os seus interesses, que usaremos essa magnífica
invenção como uma arma contra nossos princípios.
Desculpa amigos. Na realidade, usamos. Não
podemos fugir dessa verdade.
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