Autor:
Carlos Delano Rebouças
Fazer uma
viagem no tempo e recordar de situações vividas no passado é típico do ser
humano, entretanto, muitas vezes esbarra na barreira da memória. Leva-nos a
recordar de muitas coisas, que ficaram marcadas, boas ou não, mas que
inapagavelmente fazem parte de nossas vidas.
A sétima
arte já produziu inúmeros filmes relacionados ao tema – viagem no tempo – seja
um retorno ao passado, ou a uma viagem ao futuro, que para a realidade humana,
torna-se a descoberta de um desconhecido.
Forest
Gump – O Contador de Histórias – é um desses emblemáticos filmes que focam esta
temática. A personagem principal Forest, interpretado pelo grande Tom Hanks,
viaja ao seu passado, buscando na lembrança toda uma vivência para justificar o
seu presente, permitindo às pessoas conhecer e entender o seu passado e seu
presente, consequentemente. Mas será que não somos um pouco do Forest na vida?
Lembrar o
passado, de uma situação particular, ou uma data específica é possível para
qualquer ser humano, porém, pode muitas vezes significar reviver situações
felizes ou tristes, interessantes ou não, e quem sabe, inconscientes, surgidas
inesperadamente, do nada, mas que podem valer muito a pena, já que recordar é
viver, e às vezes, sofrer.
Agora,
vamos pensar no presente, no hoje, no agora, e neste exato instante. Que tal
passarmos a pensar muito bem sobre nossas atitudes e sobre como agimos a partir
deste momento? Que tal sorrirmos sempre, sem, obviamente, nos enganarmos ou
querermos maquiar situações, já que temos muitas vezes razões para sorrir, e
preferimos chorar, lamentar, por ser mais conveniente, não acham?
Seria uma
enganação afirmar que na vida não temos situações tristes para recordar, para
nos fazer marejar os olhos, chorar, contudo, passamos a entender e compreender
que a vida é assim mesmo, ou seja, que o choro de hoje, pode ser a alegria de
amanhã; a perda de hoje, pode ser o ganho no futuro; e que vidas passam,
obedecendo a um ciclo impossível de não ser praticado, mas que o legado seja
deixado, sempre, a fim de que dele seja tirado proveito, para quem permanece
neste mundo, como um aprendizado que leve à tomada de sensatas atitudes.
Mas se ainda
querem saber o que fiz nos trinta e nove agostos vividos em minha vida, posso
assegurar que foram bem vividos e aproveitados, pois este homem, que perdeu o
quadragésimo mês de agosto por ter nascido dois meses depois, pode hoje sorrir
e falar de tanta coisa vivida, que faz diferença para tantas pessoas e para o
mundo.
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