segunda-feira, 1 de agosto de 2016

O QUE EU ESTAVA FAZENDO EM AGOSTO DOS ANOS PASSADOS

Autor: Carlos Delano Rebouças

Fazer uma viagem no tempo e recordar de situações vividas no passado é típico do ser humano, entretanto, muitas vezes esbarra na barreira da memória. Leva-nos a recordar de muitas coisas, que ficaram marcadas, boas ou não, mas que inapagavelmente fazem parte de nossas vidas.

A sétima arte já produziu inúmeros filmes relacionados ao tema – viagem no tempo – seja um retorno ao passado, ou a uma viagem ao futuro, que para a realidade humana, torna-se a descoberta de um desconhecido.

Forest Gump – O Contador de Histórias – é um desses emblemáticos filmes que focam esta temática. A personagem principal Forest, interpretado pelo grande Tom Hanks, viaja ao seu passado, buscando na lembrança toda uma vivência para justificar o seu presente, permitindo às pessoas conhecer e entender o seu passado e seu presente, consequentemente. Mas será que não somos um pouco do Forest na vida?

Lembrar o passado, de uma situação particular, ou uma data específica é possível para qualquer ser humano, porém, pode muitas vezes significar reviver situações felizes ou tristes, interessantes ou não, e quem sabe, inconscientes, surgidas inesperadamente, do nada, mas que podem valer muito a pena, já que recordar é viver, e às vezes, sofrer.

Agora, vamos pensar no presente, no hoje, no agora, e neste exato instante. Que tal passarmos a pensar muito bem sobre nossas atitudes e sobre como agimos a partir deste momento? Que tal sorrirmos sempre, sem, obviamente, nos enganarmos ou querermos maquiar situações, já que temos muitas vezes razões para sorrir, e preferimos chorar, lamentar, por ser mais conveniente, não acham?

Seria uma enganação afirmar que na vida não temos situações tristes para recordar, para nos fazer marejar os olhos, chorar, contudo, passamos a entender e compreender que a vida é assim mesmo, ou seja, que o choro de hoje, pode ser a alegria de amanhã; a perda de hoje, pode ser o ganho no futuro; e que vidas passam, obedecendo a um ciclo impossível de não ser praticado, mas que o legado seja deixado, sempre, a fim de que dele seja tirado proveito, para quem permanece neste mundo, como um aprendizado que leve à tomada de sensatas atitudes.

Mas se ainda querem saber o que fiz nos trinta e nove agostos vividos em minha vida, posso assegurar que foram bem vividos e aproveitados, pois este homem, que perdeu o quadragésimo mês de agosto por ter nascido dois meses depois, pode hoje sorrir e falar de tanta coisa vivida, que faz diferença para tantas pessoas e para o mundo.

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