por
Carlos Delano Rebouças
Uma
das maiores virtudes humanas, indiscutivelmente, é a verdade adotada como
característica maior. Até nos cabe assegurar que representa o escudo de defesa
de sua imagem.
Vivemos
em um mundo de desconfianças, cujo direito de depositar total credibilidade em
tudo, que muitos defendem ser muito mais atitude ingênua, infelizmente, pode
levar a aceitação de uma verdade absoluta. Significa, de fato, ser argumento em
defesa de interesses que desconhecem a sensatez, importando bem mais a
consolidação de metas e objetivos traçados, embora inescrupulosos e repudiados,
mas que caem na esfera do aceitável e do normal, ante a incapacidade de
discernir sobre valores.
Para
aqueles que ainda acreditam na verdade humana, vistos como ingênuos, por
acreditar na verdadeira essência humana, resta, além desse rótulo nada
vantajoso no “mundo dos espertos”, aceitar essa condição não por fraqueza ou
impotência, porém bem mais por sabedoria, na demonstração de uma postura
compreensível da sociedade, e otimismo em acreditar que tudo pode ser revertido
e transformado. Configura-se, no mundo dos minoritários, um status de “diferente”
numa massa corrompida, um ser ímpar e passivo de respeito e admiração.
E
quais os bons frutos que podem ser colhidos por ser verdadeiro e autêntico numa
sociedade que não sabe mais, ou quem sabe, nunca soube discernir valores?
São
os frutos da dignidade e do respeito, que não são encontrados em qualquer
esquina. São os frutos que apresentam um gosto maravilhoso que o paladar social
não sabe definir. Aqueles que, embora raros na dieta da humanidade, em
especial, da sociedade brasileira, são como bananas na dos mais ponderados dos
brasileiros.
Vivemos
de escolhas, e na feira livre da vida, as ofertas são feitas. De um lado, a
verdade e autenticidade; do outro, a falsa impressão da esperteza de um mundo
de ilusões. Faça a sua, sem se preocupar com rótulos, e permita-se identificar
e saborear o gosto das frutas apreciadas pela minoria.
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