A principal característica do gerúndio é que ele
indica uma ação contínua, que está, esteve ou estará em andamento, ou seja, um
processo verbal não finalizado.
Na vida, muitas vezes nos conduzimos assim – quase
sempre com projetos inacabados – seja no âmbito pessoal, seja no profissional,
e que podem sem temporários ou definitivos, dependendo muito da atitude dos
envolvidos.
A terminação “NDO” é a mais fácil identificação
de um termo no gerúndio, independentemente da conjugação verbal. Realizando,
querendo ou agindo são exemplos clássicos e pertinentes para exemplificar a
forma nominal dos verbos em questão, sobretudo, quando passa a agregar bem mais
características de substantivos, adjetivos e advérbios, com a perda de seus
traços de verbo, por não flexionar quanto ao tempo e modo.
Gerundiar na vida parece esquisito, tanto quanto
entender o processo de formação de palavras. Neste caso, a derivação imprópria,
quando houve a transformação de um substantivo em um verbo, numa mudança de
classe gramatical, que semanticamente, em nada interfere no sentido deste
texto, que trata de transformações na vida.
Na vida, o ato de gerundiar, de estendê-la vê-la
continuamente nas suas ações é muito mais que isso. Na verdade trata-se do
ganho de um tempo, que o gerúndio sente a orfandade, e que de modo algum pode garantir um final
feliz e esperado.
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