Autor: Professor
Carlos Delano Rebouças
Fico a me perguntar a razão por ter perdido tanto
tempo de minha vida analisando comportamentos, atitudes e ações de pessoas, em
momentos tão inoportunos, levando-me a formar opiniões, positivas ou não, mas
formadas, onde poderia ter simplesmente aproveitado os momentos.
Demorei muito para entender que somos mesmo assim
– cheios de virtudes e defeitos - e que a manutenção ou a correção é algo muito
mais complexo que imaginava. A convivência social acaba se tornando uma árdua
tarefa a ser cumprida, quando vimos nela somente uma oportunidade de investigar
as pessoas, de analisar comportamentos, atitudes, ações e reações, que levam a
formar uma opinião sobre alguém, a rotulação tão combatida, e que também leva a
não aproveitar os bons momentos.
Quem não conhece alguém, que diz que acha alguém
que você não gosta a pessoa mais alegre, simpática, divertida e educada; quando
você a acha antipático e até mal educada, e com um péssimo humor? Fica até sem
jeito de falar dela, por saber que tem uma opinião formada sobre este amigo em
comum, mas de sentimentos antagônicos. Assim é a vida, quando às vezes, fazemos
análises precipitadas, ou seja, feitas no momento e no lugar errado, sem volta,
confirmando a primeira impressão, a que fica, fazendo valer o ditado, e que
resultaram, infelizmente, numa rotulação.
Às vezes, nem nós mesmos estamos preparados para
analisar as pessoas. Seja passando por turbulências emocionais, nossas, exclusivas,
seja envolvido pelos problemas de pessoas que fazem parte do nosso convívio. Na
verdade, costumamo-nos aferir opiniões, formatar nosso ponto de vista, em cima
do que acreditamos ser, sobretudo, alimentados por conceitos pré-concebidos, que
nos levam em alguns casos a leviandade.
Não podemos ser injustos e irresponsáveis com
qualquer que seja a pessoa; temos que ser sensatos ao defini-las, com integridade,
pois a forma como vemos alguém, pode ser diferente de visão de outra pessoa, e
isso não dá o direito de influenciá-las.
Mesmo que
alguém seja unânime, bem ou mal avaliada, mas desde já me manifestando
acreditar que vivemos um mundo de opiniões, e como somos seres sociais,
influenciando e sendo influenciáveis, que tenhamos cautela ao nos manifestar,
em prol da ordem, do bom senso e da harmonia.
Que não venhamos com subterfúgios inaceitáveis
para explicar nossas atitudes, pois, estabelecer um harmonioso convívio social,
não necessariamente se exigem prerrogativas para isso. Basta saber aproveitar
os momentos, ter a sabedoria de torná-los bons e agradáveis, e que suas
análises e conclusões fiquem para a página seguinte.
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