UM SUJEITO SEM PREDICADO
Autor: Professor Carlos Delano Rebouças
Definir
alguém nos leva a buscar, a encontrar predicativos suficientes para este fim.
Porém, muitas vezes não conseguimos encontrar ou enxergar condições para tornar
esse predicado nominal.
Ser
e estar são nossas condições, seja na vida ou no mercado de trabalho; ora
sozinho ou em grupo, não importa, desde que esse sujeito, simples, consiga se
postar adequadamente ao se tornar composto, numa convivência saudável na
contextualização da vida, que possa permitir a sua predicação.
Morfologicamente,
os adjetivos existem para qualificar ou caracterizar um substantivo, mas,
dentro da Sintaxe, na sua análise, corrobora com o sujeito, qualificando-o,
conferindo-lhe atributos que identifiquem seu estado ou sua qualidade.
Assim
somos nós - pessoas comuns, cidadãos, trabalhadores - que precisamos, aliás,
necessitamos, absolutamente, de inúmeras predicações durante toda a nossa
trajetória de vida, pessoal e profissional, para não fazer com que a nossa passagem
pela terra seja oração sem sujeito ou um sujeito indeterminado, diante da falta
de tantas condições de adjetivação sobre as nossas atitudes.
As
nossas atitudes e a nossa postura no mundo permitem que sejamos sempre
avaliados. Postar-se adequadamente sob os preceitos que regem a sociedade é
conveniente para o nosso período seja longo, coeso e coerente, sem erros, bem
trabalhado, de fácil leitura e compreensão, acessível a muitos, apreciado por
poucos, pode ser, e que não faltem adjetivos para torná-lo rico em predicados,
valorizando um sujeito que pode até ter nascido simples, porém, jamais oculto.
Assim
é a Sintaxe da vida, amigos, que se constrói com as mais diferentes classes,
não gramaticais, e sim, sociais, que às vezes peca numa perfeita e justa análise
de um sujeito, deixando-o sem predicação, quando muitas vezes não lhe faltam
qualidades.
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