Por Professor Carlos Delano Rebouças
Não há um dia sequer que abrimos os jornais, ligamos a televisão para ver noticiários ou entramos na Internet que não vemos matérias sobre violência nas escolas do Brasil.
Funcionários espancados no ambiente escolar, professores violentados em plena sala de aula no exercício de suas funções, e alunos entendendo que sala de aula agora é um ringue, achando que podem acabar com as diferenças, numa luta sem regras, onde só existe um perdedor: a educação.
Fico muito triste em ver vídeos divulgados no Youtube, compartilhados nas redes sociais, que mostram jovens, menores, em brigas, muitas vezes desiguais, inconcebíveis, sob olhares atentos de uma plateia, coitada, incapaz de entender que se trata de uma situação degradante. São vítimas tanto quanto aquelas, que fazem arrancar risadas e aplausos, manifestações que parecem de alegria, mas que no fundo da alma, de quem tem um pouco de sensatez, representa episódios tristes e repugnantes.
Hoje, quando comecei a ler um jornal de nosso estado, do Ceará, logo vi uma manchete: Aluno é esfaqueado dentro de uma escola de Sobral. Mais uma matéria e mais um passo dado para trás na educação do nosso estado e país. E o pior, aconteceu dentro de sala de aula, envolvendo menores, sob os olhares do professor e dos demais alunos.
Esses repetidos acontecimentos podem até parecer casos somente de segurança pública. Pode sim, mas não é de sua exclusividade. É também uma questão administrativa, que envolve investimentos fortes na educação deste país. Não podemos mais ver nossos jovens se destruírem, diante de uma ignorância generalizada, que toma conta em nosso país.
Nossa juventude precisa ser mais amparada, acompanhada, com uma educação de qualidade, que não seja restrita aos muros de uma escola, que há muito tempo demonstra está inoperante na melhor formação do brasileiro. Não por culpa dos profissionais de educação, tão vítimas quanto, mas, às vezes, coniventes. Desculpem-me pela assertividade.
Acordemos logo, imediatamente, antes que esse país mergulhe mais fundo nesse poço de lama que se encontra a nossa educação, que a cada dia é camuflada, maquiada, para parecer menos falida.
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