segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O LIMITE DA RESPONSABILIDADE



Autor:  Professor Carlos Delano Rebouças

Todos os dias e pelos mais variados meios, tomamos ciência dos mais diferentes rumos tomados pela juventude brasileira, independente da qual seja a classe social que o jovem esteja inserido, porém, não tão distintas quanto às suas consequências.

É verdade e não podemos negar que as classes menos favorecidas - aquelas que se apresentam com mais dificuldades socioeconômicas, vistas como menos propícias a uma melhor qualidade de vida e bem-estar - representam a maioria nessa extensa gama de vítimas das mazelas sociais. Porém, ultimamente esta realidade vem mudando, e jovens das classes mais favorecidas, passaram a sofrer também com essas mazelas, comuns na nossa sociedade, sendo vitimados e, em muitos casos, sem encontrar ou se apresentar motivos para isso, numa absoluta cegueira de responsabilidades.

Nos momentos mais difíceis, de uma intensa carnificina de nossa juventude, muitas vezes levada pela ambição, pela droga, e por um descontrole gerado, decorrente, pais e responsáveis tentam justificar, ou seja, encontrar respostas, nem sempre para suas atitudes, às vezes, omissas, mas que na prática, representa uma fuga, sem falar que também atribui uma culpa exclusiva à gestão pública, como se ela fosse a única responsável, e há quem diga que sim, sobre os rumos tomados pela sociedade.

Somos, todos, responsáveis e corresponsáveis sobre os rumos dados aos nossos dependentes, como também, a juventude como um todo. Governo, pais, escolas, igreja, iniciativa privada e a sociedade em geral precisam entender e compreender a sua participação no processo de educação e formação da juventude brasileira.

No Brasil, chegou-se a um momento de que não mais precisa encontrar culpados pelos erros e fracassos. Precisa-se, sim, que sejam assumidos, a fim de se tomar o caminho certo das mudanças. 

Precisa-se, também, aliás, necessita-se, urgentemente, de um investimento muito grande do governo no setor da educação, para que a sua sociedade esteja sempre preparada a participar intensamente na educação e formação do jovem brasileiro, como uma digna e justa demonstração de responsabilidade, sem limites estabelecidos, que venha a encher-lhes de orgulho sobre os resultados obtidos.

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