quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MENTIRA: UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO


MENTIRA: UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO

Autor: Professor Carlos Delano Rebouças

Há quem diga que uma mentirinha dita de vez em quando não faz mal a ninguém, e que atire a primeira pedra quem nunca mentiu. Entretanto, pode ser o primeiro passo de uma caminhada longa com graves consequências.

Tantos são os filmes que retratam a realidade de um mentiroso, suas façanhas, suas conquistas e suas derrocadas. O filme O Mentiroso, estrelado pelo Jim Carrey, é um dos mais atuais e mais assistidos, que define muito bem uma realidade bem comum da sociedade mundial. Arranca risos, pela competência do astro americano, porém, permite uma bela reflexão sobre o ato de mentir.

Para os mais religiosos, especialmente os cristãos, não mentir significa seguir rigorosamente um mandamento divino, de cuja legislação, ninguém pode negar seguir. Somos sempre levados a privar pela verdade, mas, não nos faltam oportunidades de nos envolvermos com a mentira.

Vi um documentário nacional onde seu autor trata das diversas situações protagonizadas por um brasileiro comum, que desde a sua infância, a mentira é utilizada como um recurso de obtenção de vantagens. Passou-se desde piloto até filho de grande empresário da aviação civil brasileira. Muita gente enganada, feita de idiota, diante de uma falta de vergonha aliada a uma capacidade impressionante de ludibriar as pessoas. Tudo com muito humor, sarcástico, mas como muito humor.

Na realidade, a sociedade de comporta dessa maneira – convivendo com verdades e mentiras – invertendo suas posições num contexto de interesses, que levam somente a ratificar um cenário de perde e ganha, e de injustiças. Acaba gerando uma atmosfera onde ninguém mais consegue definir pessoas, atitudes e consequências, diante de teses muito bem defendidas, orquestradas, com argumentos fortemente utilizados.

Apesar de estarmos sempre caminhando num muro, a qual divide a verdade e a mentira em cada um de seus lados, e que sempre terão defensores de suas causas, independente da crença existente para as suas defesas, não podemos duvidar que a verdade, deve prevalecer, sempre, para que a ordem seja mantida e defendida, visando um mundo melhor para se viver. 

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