sexta-feira, 31 de outubro de 2014

FALTAM ESFORÇOS E SOBRAM VAIDADES


Por Carlos Delano Rebouças

Nas diversas conversas que mantemos no nosso dia a dia, com as mais diferentes pessoas, e com os mais diversificados assuntos, uma conclusão é certa, de concordância generalizada, que é a de como é difícil lidar com pessoas.

Não necessariamente precisamos recorrer a Freud para compreender a mente humana, nem mesmo buscar em um psicanalista, respostas para as atitudes que tomamos. Somos de fato, complicados, porque preferimos ser assim. São escolhas, muitas vezes impensadas, estimuladas, por diversos fatores externos, que muitas vezes criam um escudo de defesa que mais parece de ataque.

Como somos vaidosos! Como somos incoerentes na apresentação de nossos argumentos de defesa, de nossas teses, nas relações que não só nossas.

Quantos pensadores passaram por este mundo e deixaram seus legados? Belos pensamentos que costumamos encontrar em livros, contextualizados, e quem sabe, nas redes sociais. Lindas palavras que passam tão despercebidas, diante de nossa incoerência em aceitar, em entender e em compreender o quão são importantes.

Relações são desfeitas, como se desfaz uma mala. Tira-se da vida alguém que inevitavelmente fez parte de sua construção, como uma peça de roupa do armário, que saiu da moda. E qual o esforço feito para evitar tudo isso?

Nenhum, ou quase isso, mas certamente, ninguém assume a sua parcela de culpa no processo. É bem mais fácil atribuir ao outro a culpa pelo fechar das cortinas, de uma peça teatral que incipientemente nasceu como romântica, e terminou como tragédia.

Eu não me rendo! Não dou o braço a torcer! Sou forte! Tantas frases mal elaboradas em momentos tão delicados. Que fortes que nada, somos fracos, pois resistimos em dar o braço a torcer, sem se render a sua felicidade. Esta insiste em que desista, mas da luta contra a vaidade. Esforce-se sempre, pela busca e manutenção das boas relações, da paz e do amor.

Que pena, que nem sempre acontece assim; que tantas relações são desfeitas. Não falamos somente de amizades, mas, com mais ênfase, em casamentos. Como ficam felizes os donos de cartórios, não acham? Ganham dinheiro fazendo e desfazendo casamentos, porém, o ‘tabelião’ maior deste mundo, Deus, é sem dúvida o menos satisfeito com tudo isso. Ele diz que o que é unido por ele, jamais será quebrado.

Esforcemo-nos mais, aliás, bem mais, caso acredite já estar se esforçando. Lute por suas relações até o último instante. Abandone as falsas vaidades, porque não passam de vaidades e não levam a nada. Honre a bandeira da harmonia em defesa da paz, e busque num ser superior energia para superar os obstáculos da vida, que jamais deixaram de surgir.




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