Por Carlos Delano Rebouças
Não necessariamente seria necessário ter assistido ao Bom
Dia Brasil de hoje, para tirar reforçar as minhas conclusões sobre o caótico
estado da educação do nosso Brasil, mas o que vi hoje foi mais do que
suficiente para entender que muita coisa precisa ser mudada num país, que
insiste em dizer que trabalhar para um futuro melhor de seu povo.
Até pode parecer perseguição contra determinados estados das
regiões norte e nordeste do país, mesmo sabendo que não se trata de “privilégios”
ter uma educação neste nível, pois, educação no Brasil é doença crônica em todas
as regiões.
A verdade é que registros revelam que em determinados
estados destas, especialmente em pequenos municípios, a educação está sendo
tratada como algo desprezível, sob uma irresponsabilidade sem tamanho, que vai
de encontro com o bem estar do seu povo. Já parece ser caso de saúde publica.
Hoje vi crianças em salas de aula totalmente
desestruturadas, sem as mínimas condições de representar um espaço digno para o
desenvolvimento da educação, da cultura e da formação humana. Salas
desaparelhadas, sem piso, carteiras quebradas, infiltrações, vazamentos, falta
de banheiro são características mínimas diante de tantos problemas existentes
na educação pública brasileira. Mas não é somente isso e tem coisa ainda pior.
Muito pior é deixar crianças e jovens sem água potável, sem
banheiro, sem alimento. Verbas destinadas a merenda escolar são desviadas para
os mais diferentes interesses, e com isso, alunos ficam com fome, diante,
muitas vezes, do fato de ver a única refeição que pode ser feita naquele dia
não mais estimulá-lo a ir à escola. É muito triste ver o semblante sofrido de
crianças, famintas de fome e de conhecimento, sendo este, perdido ao longo do
tempo como interesse.
Também ressaltamos o papel do professor, que além de mal
remunerado, precisa tirar dinheiro do próprio bolso para suprir necessidades
dos alunos, quanto à alimentação, deslocamentos para a escola e vice-versa,
aquisição de material escolar, etc. Trata-se de um verdadeiro super-herói
brasileiro esse sofrido profissional.
Entretanto, insistimos em acreditar que os problemas do
nosso país, quanto à gestão pública são de responsabilidade exclusiva do executivo
e legislativo federal.
É muito mais que isso, ou seja, deve ser dividido com estado
e municípios, sendo este último, o maior responsável, a partir do momento que a
responsabilidade pela educação básica é municipalizada, conforme a Lei 9.394 (Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Porém, cabe ao governo federal e a
seu legislativo agir, cobrar e fiscalizar o funcionamento da educação do país,
e não, ser conivente e fechar os olhos para essa situação calamitosa.
Como são irresponsáveis determinados prefeitos, vereadores
de tantas cidades do nosso país quanto a educação de seu povo! Deveria ter
vergonha de verem suas cidades aparecerem em rede nacional de forma negativa.
Mas pensam errado que acha que estão preocupados. Enganam-se totalmente. NA
realidade dão é risadas da situação, numa absoluta confirmação de despreparo
administrativo, e muito mais, humano, quanto aos seus valores.
Mas devemos ser otimistas, sempre, e acreditar que esse
quadro pode mudar. Um país para crescer, para evoluir, precisar começar com a
evolução do seu povo, com investimentos na educação, que vai desde a aquisição
de conhecimentos nas artes, nas ciências e na cultura. Precisa desenvolver o
senso de cidadania, de ética e de respeito, que eleve o ser humano ao mais alto
nível de discernimento, e com isso, possa se tornar um instrumento de mudanças.
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