Eike se livra de dívida de R$ 14 bilhões
O ex-bilionário deixa oficialmente de ser o controladora e os credores passam a deter 71,4% da companhia. A OGX entrou em colapso em meados do ano passado, depois que admitiu que suas reservas de petróleo estavam superestimadas. O desastre da petroleira arrastou todo o grupo X.
Eike e seus ex-diretores estão sendo processados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Ministério Público por “insider trading” - negociar ações com informações privilegiadas. Eles negam as acusações.
Com a conversão da dívida, a reestruturação da OGX, comandada pela Angra Partners, chega ao final. O juiz deve aprovar em breve a saída da recuperação judicial. “Os credores e o Judiciário do Rio colaboraram muito para garantir o futuro da empresa”, diz Márcio Logo, do escritório Sergio Bermudes, que representa Eike.
A OGX deve voltar em breve a ter ações negociadas na Bolsa. A companhia vai emitir mais de 86 milhões de novas ações a R$ 160 cada uma e distribuí-las aos credores.
Eike se tornou minoritário na empresa que já foi a estrela do seu império. Ele, que era dono de metade da companhia, hoje detém 19% de participação - 14% diretamente e outros 5% por meio da empresa naval OSX. Os demais minoritários da antiga OGX viram seu patrimônio derreter e também terão apenas 14% da empresa.
No segundo trimestre de 2015, ficará com apenas 9% da OGX (5% diretamente e 4% via OSX). A empresa recebeu um empréstimo de US$ 215 milhões dos credores. (da Folhapress)
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