Marquês de Olinda
concedeu a José de Barros Pimentel o direito de extrair betume em terrenos
situados nas margens do rio Marau, na Bahia.
Em 1930, depois de vários poços perfurados sem sucesso em alguns estados brasileiros, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos tomou conhecimento que os moradores de Lobato, na Bahia, usavam uma "lama preta", oleosa, para iluminar suas residências.
Em 1930, depois de vários poços perfurados sem sucesso em alguns estados brasileiros, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos tomou conhecimento que os moradores de Lobato, na Bahia, usavam uma "lama preta", oleosa, para iluminar suas residências.
Manoel Inácio
Bastos não desistiu e, no ano de 1932, foi recebido pelo presidente Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o engenheiro agrônomo entregou ao presidente
da Republica um relatório sobre a presença da substância em Lobato.
CONSELHO NACIONAL DO PETRÓLEO
Durante essa década de
Ainda nesse
ano, em 29 de abril de 1938, foi criado o Conselho Nacional do Petróleo (CNP),
para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazidas de petróleo.
O decreto que
instituiu o CNP também declarou de utilidade pública o abastecimento nacional
de petróleo e regulou as atividades de importação, exportação, transporte,
distribuição e comércio de petróleo e derivados e o funcionamento da indústria
do refino. Mesmo ainda não localizadas, as jazidas passaram a ser consideradas
como patrimônio da União. A criação do CNP marca o início de uma nova fase da
história do petróleo no Brasil.
PRIMEIROS POÇOS: PETRÓLEO
Outro acontecimento marcante foi o descobrimento de petróleo em Lobato, na Bahia, em 1939, realizado pelos pioneiros Oscar Cordeiro e Manoel Inácio Bastos, sob jurisdição do recém-criado Conselho Nacional do Petróleo.
A perfuração do poço DNPM-163, em Lobato, foi iniciada em 29 de julho do ano anterior. Somente no dia 21 de janeiro de 1939 o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subcomercial, a descoberta incentivou novas pesquisas do CNP na região do Recôncavo Baiano.
Em 1941, um
dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir
petróleo no Brasil. As descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP
estendia seus trabalhos a outros estados. A indústria
nacional do petróleo dava seus primeiros passos.
MONOPÓLIO
Após as descobertas na Bahia, as perfurações prosseguiam em pequena escala, até que, em 3 de outubro de 1953, depois de uma campanha popular, o presidente Getúlio Vargas assinou a Lei intensa 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra refino e transporte do petróleo e seus derivados e criou a Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras.
No ano de 1963, o monopólio foi ampliado,
abrangendo também as atividades de importação e exportação de petróleo e seus
derivados.
ÁGUAS PROFUNDAS
Um marco na
história da Petrobras foi a decisão de explorar petróleo no mar. Em 1968, a companhia iniciou
as atividades de prospecção offshore. No ano seguinte, era descoberto o campo
de Guaricema, em Sergipe.
Entretanto, foi em Campos, no litoral
fluminense, que a Petrobras encontrou a bacia que se tornou a maior produtora
de petróleo do país. O campo inicial foi o de Garoupa, em 1974, seguido pelos
campos gigantes de Marlim, Albacora, Barracuda e Roncador.
Dos poços iniciais às verdadeiras ilhas de aço que procuram petróleo no fundo do mar, a Petrobras desenvolveu tecnologia de exploração em águas profundas e ultraprofundas - O Brasil está entre os poucos países que dominam todo o ciclo de perfuração submarina em campos situados a mais de dois mil metros de profundidade.
FIM
DO MONOPÓLIO
A flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a lei 9478 que permitiu a presença de outras empresas para competir com a Petrobras em todos os ramos da atividade petrolífera.
AUTOSSUFICIÊNCIA
A partir de2002, a
Petrobras ampliou sua área de prospecção, buscando novas frentes exploratórias
nas bacias de Santos e Espírito Santo e bacias ainda pouco exploradas em suas
águas profundas, como as da costa sul da Bahia, Sergipe, Alagoas e da margem
equatorial brasileira.
A partir de
O ano de 2003
é considerado um marco na história da Petrobras. Além do expressivo volume de
petróleo descoberto, foram identificadas novas províncias de óleo de excelente
qualidade, gás natural e condensado, permitindo que as reservas e a produção da
Companhia começassem a mudar para um perfil de maior valor no mercado mundial
de petróleo.
A produção doméstica de petróleo atingiu a
marca de 1,54 milhão de barris por dia em 2003, representando cerca de 90% da
demanda de derivados do país. A meta de produção nacional estabelecida no Plano
Estratégico Petrobras 2015 é de 2,3 milhões de barris por dia em 2010. Para
isso, serão implantados 15 grandes projetos de produção de petróleo até o ano
de 2008.
O ano de 2006
marca a auto-suficiência sustentável do Brasil na produção de petróleo. Com o
início das operações da FPSO (Floating Production Storage Offloading) P-50 no
campo gigante de Albacora Leste, no norte da Bacia de Campos (RJ), a Petrobras
alcançará a marca de dois milhões de barris por dia. É o suficiente para cobrir
o consumo do mercado interno de 1,8 milhões de barris diários.
A Companhia já alcançou o patamar mais de uma vez. A diferença é que a P-50 consolida o processo sem risco de reversão. É a chamada sustentabilidade. Ao atingir o pico de produção, no terceiro trimestre de 2006, irá sobrar petróleo para exportar. A previsão é que dos 16 poços produtores - todos eles dispersos de forma milimétrica no campo de225 quilômetros
quadrados e em lâmina d'água que varia de 955 metros a 1.665 metros - jorrem
180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A P-50 passou a ter lugar garantido na história petrolífera brasileira. Ela não vai apenas extrair riqueza de um reservatório generoso o bastante para guardar mais de meio bilhão de barris de óleo e 6,9 milhões de metros cúbicos de gás, mas também estampa o selo de excelência da Petrobras num projeto grandioso responsável pela geração de 4.200 empregos diretos e 12.600 indiretos; da operação de gestão de cinco contratos de construção - que incluíam desde a transformação do petroleiro Felipe Camarão, em Cingapura, até a integração do casco convertido em uma plataforma com os módulos montados em diversas partes do mundo (Itália, EUA, Malásia e Brasil) no estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói - à exuberância visual da unidade.
A Companhia já alcançou o patamar mais de uma vez. A diferença é que a P-50 consolida o processo sem risco de reversão. É a chamada sustentabilidade. Ao atingir o pico de produção, no terceiro trimestre de 2006, irá sobrar petróleo para exportar. A previsão é que dos 16 poços produtores - todos eles dispersos de forma milimétrica no campo de
A P-50 passou a ter lugar garantido na história petrolífera brasileira. Ela não vai apenas extrair riqueza de um reservatório generoso o bastante para guardar mais de meio bilhão de barris de óleo e 6,9 milhões de metros cúbicos de gás, mas também estampa o selo de excelência da Petrobras num projeto grandioso responsável pela geração de 4.200 empregos diretos e 12.600 indiretos; da operação de gestão de cinco contratos de construção - que incluíam desde a transformação do petroleiro Felipe Camarão, em Cingapura, até a integração do casco convertido em uma plataforma com os módulos montados em diversas partes do mundo (Itália, EUA, Malásia e Brasil) no estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói - à exuberância visual da unidade.
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