Interessante parar para analisar a forma como a língua, no seu exercício social, único capaz de explicar a fuga que se faz à norma culta que a rege, é aplicada em determinados estados do nosso país. Vejamos este caso:
Os cearenses, na sua grande maioria, mesmo que saiba a forma correta de se conjugar verbos na sua segunda pessoa do singular, quase sempre faz errado. Em vez de dizer, por exemplo, tu fizeste, fala tu fez (pronome de segunda com verbo de terceira do singular).
É muito comum de se vê esses deslizes, contudo, aos olhos da sociolinguísticas, compreensivos.
Em Pernambuco, quando deveria o nativo dizer tu viste, fala tu visse (pronome de segunda com verbo de terceira do pretérito do subjuntivo), ou simplesmente visse, sempre com entonação de interrogação (?).
Desvios ou variações linguísticas? A conclusão é sua.
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