Autor: Carlos Delano
Rebouças
Às
vezes, fico a lembrar de como as coisas mudam e passam nas nossas vidas e o
tempo se encarrega de apagar de nossas memórias. Porém, tantas coisas ficam
guardadas num cantinho da nossa memória e do nosso coração.
O
pão massa grossa ou fina era conhecido como pão d’água ou sovado; o leite era
vendido porta-a-porta; e o café, muitas vezes moído em casa, como garantia de
qualidade. Ingredientes que garantiam o café da manhã do brasileiro antes de ir
ao trabalho ou à escola.
Sempre
existiu uma grande preocupação com a estética. Quem usava tênis, Kichute,
Conga, Bamba e rainha eram os tradicionais. Servia até para irmos às festas,
aliás, as tertulhas. As calças, jeans, USTOP e LEE, eram as mais comuns.
Muitas
lojas de departamento ofereciam totais condições para adquirir o que estava na
moda. Lojas Brasileiras, Mesbla e Ocapana, dentre outras, eram muito
conhecidas. Camelo Modas também. Nela, a minha mãe comprava muito.
Quem
fumava, cigarros como Belmont, Plaza, LS, Continental e Hollywood, além do
Carlton, eram os da vez. Como não fumava, ficava somente mascando meu chiclete
Ploc ou Ping-pong, ou chupando as balinhas, Azedinha, Frigellis ou Icekiss e
Pipper.
Ir
a cinemas era outra pedida da época. Em Fortaleza, as salas do grupo Severiano
Ribeiro eram os cines São Luís, Diogo e Fortaleza, além do cine Jangada, que
era para adultos. Muita coisa mudou mesmo.
Escolas
como 7 de Setembro, Farias Brito, Lourenço Filho, Christus e Batista ainda são
tradicionais, mas, outros também tradicionais já não existem mais, como Rui
Barbosa, Oliveira Paiva, Rio Branco e Cearense.
Que
saudade sinto das semanas de interclasses das escolas, quando matávamos a
semana inteira para prestigiar.
Muita
coisa esta perdida na lembrança e outras, podemos recordar em poucas linhas.
Espero que este último parágrafo tenha continuação na memória dos amigos e
recordem tudo de bom que fez parte de suas vidas.
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