Júlio Verne é o segundo autor mais traduzido de todos os tempos, com 4.185 traduções , muitas de suas obras já foram adaptadas ao cinema
O campo imaginário, criativo e de invenção tecnológica da literatura de ficção científica foram idealizados pelo escritor francês Jules Verne, ou, como é mais conhecido entre os apaixonados desse gênero nos países de língua portuguesa, Júlio Verne. O literato é considerado precursor dessa categoria nos tempos modernos.
Vida de Júlio Verne
Nascido em Nantes, no dia 8 de fevereiro de 1828, o francês logo começou a estudar filosofia e retórica em sua cidade natal. Já crescido, decidiu viajar à Paris a fim de estudar as leis.
Aos 20 anos começou a escrever seus primeiros sonetos e textos teatrais, e com dois anos mais tarde, sua tese de doutorado em Direito foi aprovada.
Mesmo se esforçando em fazer bons textos, suas peças teatrais não tiveram grandes repercussões, sendo assim teve bastante dificuldade nos inícios literários. Para se manter, trabalhou como secretário no Théâtre Lyrique e, após publicar alguns relatos, tornou-se agente da bolsa, em 1857.
Esse novo emprego lhe dava a oportunidade de viajar por diversos países, visitando a Inglaterra, Escócia e a Escandinávia. Mesmo com tanta ocupação não cessou os escritos, além do mais, essas viagens serviram para inspirá-lo.
Épocas de grandes sucessos para o escritor
Os trabalhos literários de Verne começaram a ganhar prestígio a partir do momento que o editor Pierre-Jules Hetzel se interessou por seus textos.
Em 1863, publicou “Cinco semanas em balão”, obra que lhe abriu portar de reconhecimento e o estimulou a prosseguir com a temática fantástica de aventuras, característica muito presente em seus escritos. Ainda junto a Hetzel, Júlio colaborava regularmente com seus textos na revista Magasin d’education et de récréation e assim, em pouco tempo, Verne alcançou grande celebridade.
Se duas palavras pudessem representar o escritor francês, elas seriam: imaginação e criatividade. Esse misto colaborou e resultou em obras que conseguiam combinar uma prosa leve e amena com uma enorme facilidade parar criar situações transbordantes.
Foi também, graças às suas numerosas pesquisas, que ele adquiriu conhecimentos geográficos, que associados ao entusiasmo da revolução tecnológica e industrial, o levaram a se especializar em relatos de aventura de estilo científico.
Obras e seus contextos
Em 1864, redigiu “Viagem ao centro da Terra”, onde aplicou seus conhecimentos sobre geologia, mineralogia e paleontologia.
Essa obra maravilhou os especialistas pela grandiosidade de sua intuição científica. Já no seu terceiro grande livro, “Da terra à lua” (1865), despertou um entusiasmo extraordinário pelas viagens espaciais. “A volta ao mundo em oitenta dias” de 1873 também causou esse interesse.
Porém, de todos os seus grandes escritos o que mais se destacou foi “Vinte mil léguas submarinas” (1870). É considerado um dos que melhor conservaram sua capacidade de atrair o leitor.
Essa obra conta a história do capitão Nemo, comandante do submarino Nautilus, uma homem misterioso e solitário, que luta pela libertação dos povos oprimidos, mostrando uma profunda rejeição pela sociedade convencional e vulgar.
Outros livros de Verne
- O capitão de Hateras (1866);
- Os filhos do capitão Grant (1870);
- Em redor da lua (1870);
- A ilha misteriosa (1874);
- Miguel Strogoff (1876);
- Um capitão de quinze anos (1878);
- As atribulações de um chinês na China(1879);
- O farol do fim do mundo (1881).
Curiosidades do autor
Júlio Verne é o segundo autor mais traduzido de todos os tempos, com 4.185 traduções , muitas de suas obras já foram adaptadas ao cinema. No ano de 1872, ele se estabeleceu em Amiens, onde viveu até o dia de sua morte, em 1905. De todas as características de seus escritos, o predizer era a que mais se destacava.
Verne conseguiu descrever com exatidão, em seus relatos fantásticos, o surgimento de algumas invenções geradas pelos avanços tecnológicos do século XX, como a televisão.
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