por Carlos Delano
Rebouças
Embora se trate de um
discurso concebido pelo brasileiro desde sempre, assim entendo por crescer
vendo nas palavras de meu pai e das pessoas que convivi ao longo de minha vida
que nada nuca foi fácil em nosso país.
Nessa condição,
passam-se os anos e seguimos com as nossas vidas, à nossa maneira, fazendo
escolhas certas; outras, erradas e reprováveis, como também, duvidosas quanto à
avaliação de seus resultados. Contudo, vamos vivendo, lutando a cada dia, a
todo instante, pela nossa sobrevivência.
Sobreviver neste
mundo é muito mais que lutar por recursos básicos para a vida humana –
alimentação, saúde, bem-estar, segurança – que significam garantias de vida
para qualquer ser. É batalhar pela sobrevivência por meio da ratificação de
condições que possam garantir, minimamente, esses recursos, e garantir, pela
estrada em que pretendemos caminhar, também condições para que possam
significar sustentabilidade.
Essas condições se
chamam empregabilidade. Fator primordial de sustentação no mundo pelo mercado
de trabalho, responsável por garantir a nossa imagem e a nossa condição de
gerar resultados. Recurso que, em meio às crises que insistem em se manter no
país, e bem mais na mente de seu povo, parece ineficaz quando se possui, e
desvalorizado em muitos casos, tanto por quem o detém como por muitos que não
possuem competência de reconhecer o seu verdadeiro valor.
Diante dessa compreensão
de empregabilidade e sua ineficácia em tempos de crise, aqueles mais pessimistas
não demoram a armar e a se deitar na rede da acomodação, à espera angustiante
de que não demore a passar, certos de esforço algum modificará o cenário e sua
condição de preterido no mercado. Pena que atitudes como essa inviabilizam
enxergar o momento certo de se tomar decisões, ou seja, de desarmar essa rede,
sacudir a poeira e correr para a luta.
Outros já se
posicionam de maneira diferente, isto é, sem fechar os olhos para a realidade,
mas assumindo uma postura bem mais otimista, nem pensam em sossegar a espera da
crise passar. Continuam ininterruptamente o seu processo de qualificação e
requalificação profissional, de investimento em novos conhecimentos e
habilidades, atendendo exigências e necessidades de um mercado que parece mais
criterioso nas suas escolhas, na certeza de que estão prontos sempre para serem
reabsorvidos pelo mercado.
Isso se chama zelar
pela sua empregabilidade, sem esperar que tempos bons cheguem. É saber que
qualquer oportunidade que surja, estará apto a agarrá-la. É sempre pensar
positivamente e enxergar como meta principal a sua imagem de profissional,
mesmo que o mercado pareça possuir uma miopia inexplicável.
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