Por Carlos Delano Rebouças
Há muito tempo o brasileiro não
conta com um ídolo para chamar de seu. E lá se vão 22 anos da morte de Ayrton
Senna.
No esporte, antes dele, tivemos o
Pelé, mas infelizmente queremos aquele que esteja em atividade, pois,
aposentados, não têm reconhecimento de um povo que memória e gratidão não são
seus fortes.
Gustavo Kuerten, ou simplesmente,
Guga, até que tentaram criar a sua imagem de ídolo. Pena que no país que
valoriza bem mais futebol nas redes a evitar bater nelas, Guga, mesmo com
tantas conquistas expressivas e tendo passado diversas semanas no top do
ranking do tênis mundial, já cai no esquecimento do brasileiro com sua
aposentadoria.
Até que tentaram formatar um ídolo
brasileiro. Assim foi com Rubinho Barrichello no automobilismo; Ronaldos do
futebol; Oscar, Marta e Hortência no basquete; Wanderley Cordeiro no atletismo;
Maguila no boxe; Anderson Silva no MMA; e tantos outros que não me recordo
nomear neste instante. Inúmeros que a mídia brasileira, especialmente a Rede
Globo busca para inspirar os gritos do Galvão Bueno.
A nossa carência é tão grande que
até já tratam o Juiz Sergio Moro como um super-herói. Mas seria de que ou para
quem? Para um povo sofrido, carente, influenciável e incapaz de reconhecer
valores? Ah! Lembrei-me do Neymar.
Pobre do nosso futebol que, depois
daquele vexame da Copa do Mundo no Brasil, da humilhação sofrida pela Alemanha,
tenta se erguer sem parecer ter forças e jogadores que possam honrá-lo,
imaginem permitir se constituir a imagem de um ídolo, que infelizmente não se
configura, por diversos fatores, na imagem do atleta Neymar. Precisa evoluir
muito como atleta e ser humano, inclusive, para fazer valer o título de astro e
capitão da equipe.
E o que nos resta? Apostar na Marta
da seleção feminina de futebol? Alguém do hipismo, da esgrima, do tiro? Ou em
todos aqueles que conseguirem conquistar uma medalha sequer nas Olimpíadas do
Rio de Janeiro?
Pobre também do Galvão Bueno, que
sofre pela falta de um ídolo para chamar de seu!
Que continuemos a procura
incessante do nosso ídolo, aquele que possa nos honrar dignamente e que
conquiste esse status naturalmente, sem esforço algum de uma mídia carente de
uma imagem forte que possa explorar até que surja outro em tempos de vacas
magras.
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