segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O VIOLÃO E A LUA


Por Carlos Delano Rebouças

Parei por um instante, e saibam que não sei tocar instrumento musical algum, para refletir sobre a relação do violão e a lua.

O que seria da lua se não existisse o violão, hein? O que seria dos românticos, apaixonados, se o instrumento de cordas não pudesse contar com o astro mais importante do seu céu, até mesmo, quando as estrelas insistem em não aparecer no céu das noites, como coadjuvantes desse espetáculo?

Certamente que seria uma tristeza sem tamanho. A serenata não teria o brilho que tanto reluz, e vejam que hoje em dia se faz cada vez menos serenatas.

 As demonstrações de amor passaram a ser feitas pelas redes sociais, com poucos versos, ou sem versos, palavras e intenções... Hoje, parece que tudo já está definido, acertado, e que o violão e a lua, esse lindo e antiquado casal, sequer consegue mais ser testemunha do amor.

Mas a lua dos apaixonados ainda inspira muitas canções. Muitos grandes nomes da música popular relutam em manter viva essa relação, para a felicidade do astro e para alegria dos amantes do violão. Confirma-se, com o vibrar de suas cordas, que redunda no som da felicidade, do amor, que inspira pessoas e paixões, a resistência de fortalecer cada vez mais e em perfeita harmonia, essa comunhão.

Que essa relação de amor, de cumplicidade, entre o violão e a lua, perdure por toda a eternidade. Que continue a servir de inspiração para músicos e apaixonados, e que, mesmo escondida pelas nuvens, que a lua assegure a sua existência, para que jamais falte um violão a tocar.

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