Por Carlos Delano Rebouças
O brasileiro é conhecido como
aquele que só fecha a casa quando é roubada. Este título, infelizmente, ninguém
nos tira e nos supera. Somos mestres e doutores no assunto de buscar sempre encontrar
uma solução de problemas quando estes se transformam em uma grande bola de
neve, muitas vezes incontroláveis, de sérias consequências.
Nosso país apresenta inúmeras
particularidades que ratificam esta imagem construída pelo seu povo, muito em
decorrência de toda uma história de colonização portuguesa, não que isso seja a
única culpada nesse processo de configuração de um povo, de cuja cultura sofreu
tantas influências, e que ainda não consegue definir a sua identidade.
O cidadão brasileiro, por natureza,
não demonstra atitude em planejar ações sob uma análise profunda da vida ou do
mercado. Não consegue, obviamente, a sua maioria, desenvolver uma visão
sistêmica e proativa que permita identificar as possíveis consequências que
poderiam ou poderão surgir, diante de tantas transformações no mundo. Quase
sempre se envolve, já estando no “olho do furacão” de uma imensa problemática,
muitas vezes com um desequilíbrio emocional, que não permite, pela razão,
encontrar soluções, e acaba tomando atitudes mal pensadas, mal construídas, que
não levam ao sucesso.
Trocando em miúdos, para facilitar
o entendimento, entende-se que essa brava gente brasileira não só fecha a casa
depois de roubada, literalmente, como também, muitas vezes só busca um emprego,
quando passa por necessidade ou busca estudar quando passa a sofrer as
dificuldades de mercado. Quer dizer, sofre as consequências de um descaso
absoluto, numa postura inconsequente, relapsa, acomoda, e centrada numa zona de
conforto reprovável, muitas vezes imposta pela gestão pública, que costuma
iludir com falsas promessas e políticas assistenciais, e que somente viciam o já
viciado e passivo povo brasileiro.
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