domingo, 21 de fevereiro de 2016

CULTURA CEARENSE

A cultura do Ceará é diversificada e com muitas características marcantes. O governo estadual criou a Secretaria da Cultura do Ceará, a primeira do Brasil, em 1966. A instituição organiza e fomenta a cultura cearense e auxilia outras instituições particulares na manutenção das tradições da população do estado. Vinculado a ela estão: Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu Sobrinho, Museu Sacro São José de Ribamar, Museu do Ceará, Museu da Imagem e do Som do Ceará e Theatro José de Alencar São algumas das principais instituições governamentais de fomento da cultura cearense.
Atuando em conjunto com o governo, outras instituições ou sozinho, várias pessoas, do estado ou de fora, fazem ou fizeram a cultura do Ceará notadamente: José de Alencar, Antônio Bandeira, Lino Villaventura, Chico da Silva, Raimundo Cela, Rachel de Queirós, Chico Anysio, Renato Aragão, Jean-Pierre Chabloz, Emília Barreto Correia Lima, Humberto Teixeira, Alberto Nepomuceno, Patativa do Assaré dentre outros.
O Ceará é terra de muitos escritores e poetas importantes, podendo-se citar, dentre muitos outros: José de Alencar, Domingos Olímpio, Rachel de Queiroz, Adolfo Caminha, Antônio Sales, Jáder Carvalho, Moreira Campos, Gustavo Barroso, Patativa do Assaré, João Clímaco Bezerra, Ana Miranda etc.
A literatura cearense foi sempre caracterizada por florescer em torno de grupos literários. O primeiro desses grupos de desenvolvimento literário foi Os Oiteiros, que, embora mantendo os padrões típicos do Arcadismo, soube encontrar uma cor local para descrever o fugere urbem e o carpe diem típicos daquela escola.
José de Alencar, nascido em Messejana, é considerado o principal romancista do Romantismo brasileiro. Suas obras tornaram-se bastante famosas, especialmente O Guarani, Iracema e Senhora.
No final do século XIX, surgiu a Padaria Espiritual, uma agremiação cultural formada por jovens escritores, pintores e músicos. Marcada pela ironia, irreverência e espírito crítico, bem como por um "sincretismo" literário, a Padaria Espiritual se expressava por meio do jornal O Pão. Muitos autores criticavam as instituições e valores então vigentes. Para alguns críticos literários e historiadores, a Padaria Espiritual pode ser considerada um movimento pré-modernista que já apresentava alguns aspectos do Modernismo, que só surgiria com força em São Paulo quase trinta anos depois. Assim, de certa forma, o Ceará foi pioneiro em desenvolver uma literatura irreverente, relativamente informal e sincrética. A Academia Cearense de Letras foi fundada em 1894 e durante muito tempo foi a principal instituição literária do estado, congregando alguns dos nomes mais ilustres da literatura estadual. Hoje, existem diversas instituições similares em todo o Estado do Ceará. A sua criação inspirou, porém, alguns anos mais tarde, a formação da Academia Brasileira de Letras.
O Modernismo se consolidou no Ceará por meio do movimento Clã, fundado nos anos 40, que congregou diversos escritores renomados cearenses: Moreira Campos, João Clímaco Bezerra, Antônio Girão Barroso, Aluísio Medeiros, Otacílio Collares, Artur Eduardo Benevides, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Manuel Eduardo Pinheiro Campos, Fran Martins, José Camelo Ponte, José Stênio Lopes, Milton Dias, Lúcia Fernandes Martins e Mozart Soriano Aderaldo.
Na década de 70, surgiram outros dois importantes grupos literários no Ceará: O Saco, uma revista artística inusitada, pois era distribuída com folhas soltas guardadas dentro de um saco; e o Grupo Siriará, que reuniu diversos jovens escritores, propondo uma literatura cearense autêntica e desvinculada dos estereótipos que se estabeleceram na retratação literária do ambiente cearense.
O Ceará também possui escritores pós-modernistas renomados, embora, em sua maior parte, pouco conhecidos. Podem-se citar, dentre eles, Pedro Salgueiro, Natércia Campos, Airton Monte, Tércia Montenegro, Raymundo Netto dentre outros.
Mais da cultura
Bode Ioiô foi um famoso bode que viveu na cidade de Fortaleza do início do século XX, mormente na década de 1920. Figura folclórica da cultura popular cearense, Ioiô costumava perambular pelas ruas centrais da cidade, na companhia de boêmios e escritores que frequentavam os bares e cafés ao redor da Praça do Ferreira, antigo centro cultural da capital, e que lhe davam cachaça para beber. Segundo conta a história popular, recebeu o nome de "Ioiô" por percorrer sempre o mesmo trajeto, definido entre a Praça do Ferreira e a Praia de Iracema.
Trazido a Fortaleza em 1915 por retirantes sertanejos, foi adquirido e mantido por José de Magalhães Porto, representante do industrial Delmiro Gouveia, correspondente no nordeste da empresa britânica Rossbach Brazil Company, localizada na Praia de Iracema, da qual se tornou uma espécie de mascote. Ioiô virou tema de documentários, histórias de cordel e livros infantis. É citado em obras de memorialistas cearenses como o poeta Otacílio de Azevedo e o historiador Raimundo Girão. Recentemente foi eleito pelas crianças da capital cearense como o ‘mascote de Fortaleza.
Ioiô foi imortalizado ao ser empalhado e doado ao acervo do Museu do Ceará, logo após sua morte, em 1931. Em 1996, teve o seu rabo roubado.

Fonte: www.wikipedia.com

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