Por Carlos Delano Rebouças
Juro que um dia acreditei que o
mundo era belo, que o bem era infinitamente superior ao mau, que duvidava
existir, porque as pessoas sorriam, confraternizavam-se, respeitavam-se e
amavam-se.
Juro que um dia sonhei em ser
doutor, e que todas as dificuldades passadas na infância eram normais e certas,
por linhas tortas, para que um futuro de sucesso, de felicidade e de conquistas
tivessem razões para acontecer.
Juro que acreditei que somente pela
educação e nada mais se vencia na vida, e que por outro caminho, seria exceção.
Dentro dessas exceções, não poderia se pensar na desonestidade, pois o respeito
ao próximo era questão de honra.
Juro que pensei que pai e mãe eram
eternos, que a eles, sempre devíamos amar, respeitar e honrar, em nenhum
momento, contrariá-los, para que não se envergonhassem, mesmo depois de mortos.
Juro que me enganei com tudo que
pensava que o mundo não tinha essa beleza toda; que para ser doutor, não
precisa de tantos esforços; que a educação não era o único caminho do sucesso;
e que pai e mãe não são eternos e nem pouco respeitados.
Porém, posso jurar que prefiro
pensar como um dia pensei, mesmo parecendo cego, bobo e ingênuo, acreditando
também que a educação é o caminho do sucesso e da liberdade, e que pai e mãe, e
seus ensinamentos, são eternos, como o amor que devemos ter a eles.
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