quinta-feira, 2 de julho de 2015

Juramento Meu

Por Carlos Delano Rebouças

Juro que um dia acreditei que o mundo era belo, que o bem era infinitamente superior ao mau, que duvidava existir, porque as pessoas sorriam, confraternizavam-se, respeitavam-se e amavam-se.

Juro que um dia sonhei em ser doutor, e que todas as dificuldades passadas na infância eram normais e certas, por linhas tortas, para que um futuro de sucesso, de felicidade e de conquistas tivessem razões para acontecer.

Juro que acreditei que somente pela educação e nada mais se vencia na vida, e que por outro caminho, seria exceção. Dentro dessas exceções, não poderia se pensar na desonestidade, pois o respeito ao próximo era questão de honra.

Juro que pensei que pai e mãe eram eternos, que a eles, sempre devíamos amar, respeitar e honrar, em nenhum momento, contrariá-los, para que não se envergonhassem, mesmo depois de mortos.

Juro que me enganei com tudo que pensava que o mundo não tinha essa beleza toda; que para ser doutor, não precisa de tantos esforços; que a educação não era o único caminho do sucesso; e que pai e mãe não são eternos e nem pouco respeitados.


Porém, posso jurar que prefiro pensar como um dia pensei, mesmo parecendo cego, bobo e ingênuo, acreditando também que a educação é o caminho do sucesso e da liberdade, e que pai e mãe, e seus ensinamentos, são eternos, como o amor que devemos ter a eles.

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