Autor: Professor Carlos Delano Rebouças
A dor de uma perda, para quem já vivenciou a
despedida deste mundo por alguém que ama ou tem um carinho especial, parece se
tratar de um sentimento incomparável, de imensa tristeza, que pode transformar
o mais forte dos homens num ser pequeno, com um imenso vazio dentro do peito.
Assim é lidar com a morte.
Mesmo enxergado a morte como um descanso
eterno, uma mudança de dimensão ou uma desmaterialização, como queiram, precisa
ser muito forte e preparado para assimilar a sua chegada, principalmente para
aqueles que convivem ou estimam com maior intensidade. É muito difícil
entender, aceitar e compreender ter que passar a viver sem a existência de uma
pessoa ou um ser que dividiu tantos momentos ao seu lado.
Às vezes, dar um tchau, um até logo ou um
adeus para um familiar, um amigo, um vizinho ou um colega de empresa, que
conviveu ao seu lado por longos anos, e de repente, por alguma circunstância da
vida, teve que viajar para uma cidade ou até um país bem distante, pode ser
visto como uma situação extremamente difícil, ou seja, passar a não mais ter
aquela pessoa no seu convívio diário, dividindo momentos, felizes ou não, mas
pertinho, faz se derramar muitas lágrimas e nascer no coração um sentimento de
perda, de vazio.
Porém, quando uma determinada pessoa ou ser
pode não mais voltar, diante de sua viagem final, o sentimento parece ser mais
forte, mais doloroso, que somente com a misericórdia de Deus pode administrado.
O adeus é uma palavra muito difícil de
pronunciar e de se ouvir, quando o sentimento é verdadeiro e reciproco entre as
partes, Emissor e receptor, e certamente cada uma de suas letras representa uma
lágrima a ser derramada.
Que estejamos sempre preparados e nos
preparando para pronunciá-la e ouvi-la, para que a dor seja menor e mais
administrável, já que inevitavelmente faz parte de nossas vidas, desde a nossa
existência, até o dia final.
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