quinta-feira, 13 de novembro de 2014

UM LIVRO COMO PRESENTE DE GREGO


UM LIVRO COMO PRESENTE DE GREGO
Autor: Professor Carlos Delano Rebouças

Quando recebo um convite de aniversário, independente se seja de familiar ou amigo, ou de até um desconhecido, que teoricamente é menos provável, sempre me vejo numa incômoda situação de definir o presente que devo ofertar.

Geralmente sendo uma criança, um brinquedo é o mais conveniente, porém, diante das inovações tecnológicas e os caminhos traçados pelo consumismo, presentear uma criança com um carro ou uma boneca, certamente significará entristecê-la, infelizmente, quando se espera um celular ou qualquer outro eletrônico do gênero.

Adultos se comportam da mesma forma, ou seja, contaminados pelos interesses mundanos, onde presentes, como: roupas, relógios, calçados, e eletrônicos, desde que sejam de marcas reconhecidas no mercado, e até presentes em dinheiro, são o que interessa. Quer dizer, o valor material supera qualquer outro interesse, independente dos laços afetivos e da consideração existente, e se de fato, existe.

Como o comportamento humano se ratifica desta forma, presentear uma pessoa com alguma coisa que pareça monetariamente menos valiosa, mesmo que possua um valor inestimável, pode representar uma afronta. Mas quais presentes podem se enquadrar como preteridos, nesta visão? Um livro?

Infelizmente, presentear muita gente com um instrumento de edificação, de aprendizagem, de desenvolvimento e de descoberta, hoje, requer uma análise profunda, uma aproximação suficiente para saber que se trata de uma pessoa que valoriza a leitura, que receba com prazer o presente, com a certeza de que quem o lhe deu, reconhece-o como uma pessoa diferenciada, que valoriza o conhecimento.


Presentear com um livro não é um presente de grego, mas sim um presente de Deus. Pode até ser, com a leitura que seja feita de um livro, que caminhos sejam encontrados para uma transformação, numa mudança radical de toda uma vida, que até aquele momento, estava presa a velhos hábitos e costumes, que só enxergavam valores materiais, e efêmeros, como a vida, porém, quando a efemeridade da vida se aproveita com a sabedoria que os livros permitem adquirir, com certeza é bem mais salutar.

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