sábado, 19 de julho de 2014

QUANDO O BERÇO VIROU CARRÕES, E BRINQUEDOS ARMAS DE MATAR



A importância da palavra “não“, para muitos, não é aferida, quanto ao seu real significado, na atual conjuntura do nosso planeta, quando nos referimos à educação e valores.

Muita gente prefere o “sim” ao “não” nos processos educativos, nas mais diversas relações, sejam familiares, seja profissional ou social. Passa a existir uma saída, uma escapatória, mais conveniente, na concordância sobre algo que na realidade, vai absolutamente de encontro ao que pensa e aos seus princípios. É o sim que pode redundar em muitos problemas, mas adiáveis.

Pais e responsáveis pela educação de filhos, netos, parentes e aderentes, em idade de formação, e se existe de fato idade para isso, pois sempre estamos propícios a transformações, cada vez mais se isentam das responsabilidades, atendendo vontades, em vez de necessidades. 

Todo esforço é feito para as vontades sejam atendidas. Muitas vezes, completamente fora da realidade financeira da família, mas que prevalece é o atendimento ao pedido, pelo medo de se dizer um não, e com isso, acreditar que está fazendo muito pela criatura em questão. Pensa-se também que com isso, evita-se desvio de condutas e marginalização.

Jovens imaturos são presenteados com carros e motos, sem ao menos saberem o quanto custou. Não demora muito a transformar-se em armas, em suas mãos, tirando vidas, nas ruas. Revolveres de brinquedo, logo trocados por armas de fogo, letais, que na inconsequência típica da idade, ajudam a realizar mais conquistas, ilícitas. Pensamentos e comportamentos, transformadas, devido a uma negativa não dada.



Fazer as vontades não é sinal de ser um bom pai ou uma boa mãe. Atender as necessidades, sim, representa na prática e na teoria, a postura correta e sensata de quem tem responsabilidade em contribuir para a formatação de um cidadão.

Saiba dizer um “sim”. Aprenda a dizer um “não”. Seja prudente e sensato ao analisar o momento certo de usá-los. Tenha sabedoria.



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