Ontem
ouvi de um grande amigo que hoje iria a uma "feijoada" de um
candidato a político. Começa a temporada de caça a eleitores.
O
feijão é um grão muito popular e consumido no Brasil, presente na mesa de todo
o brasileiro ou deveria ser, caso grande parte da população brasileira não se
encontrasse na miséria, passando necessidades, sem uma alimentação adequada e
completa. Sem o seu feijão no dia a dia.
Os
políticos sabem que a nossa tradição é combinar o feijão com arroz, e quando
este feijão é preto e bem temperado, nasce uma feijoada, completa de
ingredientes que agradam a todo brasileiro. É um prato a cara do brasileiro,
que combina raças e cores. Uma mistura que na prática combina com o discurso
dos políticos, cheios de ingredientes que acreditam agradar a seus eleitores,
famintos de mudanças.
Cria-se
uma expectativa tremenda pelos eleitores; não a de conhecer, de saber as
propostas do candidato que ainda não pode ser o seu ou já se tornou, a partir
de tantas outras feijoadas realizadas, em tantas campanhas passadas, e sim, de
saber se vai estar gostosa e se vai ser suficiente para todo mundo. Mas os
políticos não se preocupam muito com isso, pois sabem que qualquer coisa agrada
aos eleitores e tendo uma bebidinha acompanhando, a festa está feita.
Mas a
festa de verdade quem faz são os candidatos quando se elegem. Esta festa não é
feita a base de feijoada, com pé de porco, orelha, linguiça, charque, bacon e
folha de louro; e sim, uma comemoração a base de muita bebida destilada,
guloseimas que não costumam frequentar o prato do humilde brasileiro, a um
preço que desconhecem as cifras, mas que é pago, muitas vezes, com recursos
públicos.
E quem
é que está preocupado com essa conta? O povo quer comer, beber e se divertir, e
o candidato sabe bem disso. Empurra feijoada neles!
“Você
tem fome de que? Você tem sede de que?”
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