Quando se aproxima o mês de junho,
principalmente para os nordestinos, cria-se uma expectativa contagiante, diante
da alegria e o prazer de viver momentos únicos e imensuráveis, onde prevalece
uma tradição, típica de um povo que procura mantê-la e estendê-la pelo país e
mundo a fora. Começa a ter cara de festas juninas.
Três santos são homenageados durante o mês
de junho inteiro. São eles, Santo Antônio, no dia 12; São João, o mais
festejado e que muitos, através de seu nome, definem as festividades, no dia
24; e São Pedro, no dia 29, fechando o mês de comemorações. Porém, muita coisa
está mudando de uns tempos para cá.
As festas juninas, na concepção da palavra,
indicação festas do mês de junho (juninas). Nelas, podemos desfrutar de comidas
típicas, como pé de moleque; mungunzá; bolo de milho; batata frita na fogueira;
que são feitas nos três dias, na véspera do dia de cada santo; dentre outras
guloseimas; além da tradicional quadrilha, com suas danças e coreografias, e
seu tradicional casamento matuto. Eita como é bom viver estes momentos, que
estão se perdendo devido a novos interesses.
Estamos quase no final do mês de junho,
beirando o mês de julho, e ainda não vi uma fogueira acesa, uma quadrilha
desfilando, a não ser a de bandidos, e uma batata assando. Vemos é uma
expectativa sendo criada para um pós-copa, a fim de atender uma demanda criada
pelos interesses capitalistas. Por que vamos realizar as festas juninas em
junho, se teremos Copa do Mundo, se podemos realizá-la em julho, e ganharmos
mais dinheiro? É assim que se pensa e que se danem os santos de junho.
Se depender da televisão, de muitas
secretarias de turismo, de prefeitos e de tantos outros mais que visam
interesses próprios, essa tradição irá logo se transformar, aliás, já está,
pois há muito tempo as festividades adentram o mês de junho, mas nunca as vi
começar com tanto atraso.
Lutemos pela manutenção da tradição, minha
gente. Vamos reverenciar o santo casamenteiro, Santo Antônio, no seu dia, com
muita festa. Vamos festejar o dia de São João, pulando a fogueira de verdade.
Vamos fechar as comemorações, dando todo o reconhecimento a São Pedro no seu
dia, de verdade. Tradição é tradição e não se mata e não se desrespeita assim,
de cara lavada.
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