O consumismo toma conta do planeta e essa tendência vem a cada dia aniquilando com a saúde da população mundial.
Dormimos e acordamos,
ouvindo que devemos consumir muito e sempre, independente de estarmos ou não em
condições para isso. Liga-se o celular, chega mensagem para adquirir um produto;
Acessa-se o e-mail, abrem-se as janelas chamando às compras; Liga-se o rádio de
seu carro, o convite aparece para consumir; e assim, somos instantaneamente
induzidos, sempre.
A sociedade é induzida pelos
diversos recursos de comunicação a consumir, a comprar, a adquirir algo novo, como
fora mencionado, mesmo que o novo ainda esteja no seu armário, esperando
envelhecer, tornar-se obsoleto ou perder a sua validade e cair em desuso. Caso
alguém duvide, até o ser humano é renovável e substituível, como uma peça de
uma engrenagem.
Trabalhamos cada vez mais,
porque consumismo cada vez mais. Nunca, em tempo algum, produziu-se tanto no
mundo, e nunca fomos tão estimulados para isso. A quem diga que são reflexos de
um mundo moderno, mais essa tendência vem levando a população mundial a buscar,
desesperadamente, diversas alternativas de melhoramento de suas receitas e
aumento de suas rendas, mesmo que custem ocupar quase que inteiramente o tempo
disponível para isso, e até, o tempo que seria disponível para um merecido repouso.
Hoje, trabalha-se mais e descansa-se menos. Piora-se a qualidade de vida, e
isso redunda em diversos problemas, como tantos relacionados à saúde.
O fato é que o cidadão deste
planeta está envolvido numa “ciranda” que representa simplesmente: Trabalhar
muitas horas no dia - repousar bem menos - consumir muito mais – e pagar contas,
quando se permite. Quando não, começa a se preocupar, e assim, adquiri doenças
relacionadas, como a mais comum e preocupante, que se chama stress.
Cabe ressaltar que esse
consumo desenfreado, que exige, também, uma produção desenfreada, tem seus
reflexos no planeta, que se chama poluição, e com isso, nós, seres vivos deste
ecossistema, sofremos com suas consequências. O planeta, em todos os seus
continentes, apresenta essa realidade, e sinaliza explicitamente como pode
reagir, aliás, como já está reagindo. Observemos as mudanças climáticas,
catástrofes, etc.
Já em relação à saúde
humana, que é uma reação que pode resultar em diversas outras consequências,
pode-se afirmar que uma pessoa ou profissional no estado de stress pode cometer
atos inseguros, demonstrar atitudes inseguras, diferentemente se as condições
são ou não inseguras. Com isso, surgem doenças profissionais e do trabalho,
acidentes de trabalho, problemas familiares e sociais, dentre outros. Passa-se
a estabelecer uma rotina exaustiva, presa a exigências que poderiam ser
contornadas, a fim de se garantir a qualidade de vida.
A verdade é que quase
ninguém está preocupada com isso, nem os gestores públicos, ao criar leis mais
severas e fazer executá-las, lealmente, garantindo uma jornada justa de trabalho,
sem exageros, nem a sociedade, que não deixa de impor que sejamos consumidores
natos, custe o que custar, cobrando-nos a aquisição de qualquer que seja o
objeto, mesmo que não seja necessário.
A realidade, infelizmente, é
que tornamo-nos, involuntariamente, trabalhadores, doentes, e consumidores
viciados, bombardeados a todo instante por ofertas e mais ofertas,
impiedosamente, sem limites. Vítimas de um sistema que desconhece que a
felicidade não está em consumir pela vontade, mas sim, em consumir pela
necessidade, também de garantir qualidade de vida.
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