Procura estimular a capacidade de criação e expressão, longe das restrições
impostas pela escola tradicional. Nasceu da observação da grande separação
existente entre o dia-a-dia e a escola, e do fato de o interesse demonstrado
pelas crianças pelo meio social ser muito maior que pelos textos escolares.
Freinet costumava sair com as crianças para passeios e ao voltar, cada um
contava a sua visão da experiência. Em vez de se preocupar com a perfeição e
correção gramatical do material, dava grande estímulo à criatividade dos
alunos. Assim, um gafanhoto visto por um aluno era o ponto de partida para uma
aula sobre insetos; o tecelão com quem conversavam era o pretexto para aprender
sobre tecelagem ou a necessidade de medir os tecidos.
Os textos elaborados pelas crianças posteriormente eram selecionados por elas
para serem divulgados com a comunidade. Eram então corrigidos pelo grupo,
ilustrados, impressos e distribuídos para os pais, amigos e demais habitantes
da cidade. Nascia a imprensa escolar. À medida que suas idéias foram sendo
difundidas, chamaram a atenção de outros professores na França, e as classes
passaram a trocar resultados e experiências. Foi o início da correspondência
interescolar.
Trazida para o Brasil em 1974, pelo professor francês Michel Lunay, as técnicas
da pedagogia Freinet até hoje são pouco conhecidas, apesar de dispensarem
materiais especiais ou formação específica do professor.
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