Quem
admira o futebol e assiste aos jogos pela TV brasileira, conhece e identifica
alguns narradores pelos jargões, frases e expressões ímpares, que particulariza
cada um e os torna reconhecidos nas suas narrações.
Galvão
Bueno, como o famoso “Bem, amigos”; “Não há palavras para descrever o gol”, do
eterno Luciano do Valle; “Pimba na chulipa, pimba na gorduchinha”, do grande
Osmar Santos; e o “Tá lá um corpo estendido no chão”, do folclórico Silvio
Luiz, são alguns exemplos que podemos apresentar, da riqueza de exemplos que
existem na narração esportiva nacional.
São
jargões usados para realçar a narração esportiva. Busca aproximar o torcedor de
uma realidade, na qual as reais emoções vividas no campo de jogo são restritas,
pela distância, mesmo encurtada pela televisão ou o rádio. O narrador esportivo
Vive essa emoção e se não, consegue transmiti-la, mesmo sem existir.
A
narração de jogos pela TV obviamente facilita bem mais a compreensão de quem
assiste, mas, em contrapartida, dificulta mais a vida de quem narra. Um jogo
ruim, sem emoções e morno, requer do narrador um esforço maior para atrair a
atenção do expectador. Já a narração pelo rádio, neste quesito, facilita muito.
O
narrador de rádio, como o grande Gomes Farias, Messias Alencar, aqui no Ceará,
José Silvério, em nível nacional, são exemplos disso. Fazem a emoção aflorar à
pele. O grito de gol é mais gostoso de ouvir e atenção é maior durante todo o
jogo. Mesmo que a bola passe a 5 metros da baliza, para o narrador de rádio,
passou bem pertinho, com muito perigo.
Por
que o torcedor que vai ao estádio não larga o seu radinho? É emoção pura,
detalhes preciosos, únicos, que somente a crônica de rádio esportiva possui.
Sempre
procuro assistir aos jogos do meu time e da nossa seleção pela TV, sem dúvida
alguma, mas, seguramente posso afirmar, que o meu radinho não abandono, seja no
pré-jogo, seja no pós-jogo, e se estiver muito cansado, quem sabe, deito-me com
o ouvido encostado no autofalante.
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