A
educação de hoje, incontestavelmente, parece muito diferente de gerações
passadas, e não precisa ir muito longe, basta-nos voltar duas ou três décadas
para ratificar essa afirmação.
Alguém
pode dizer que os filhos de hoje são mais difíceis de serem educados. Há que
diga que são os pais que são mais complicados. Sei lá, fica uma dúvida tão
grande quando entendemos que a educação é mutua e o mundo media este processo.
Independentemente
das dúvidas suscitadas, é quase unânime a crença que educar filhos no dia de
hoje é algo muito difícil por diversos aspectos, afora, a culpa atribuída aos
dois (pais e filhos) dos diversos atores desta tragicomédia da vida.
Mas
o que pode dificultar tanto esse processo? Será que está mesmo tão difícil
concorrer com o mundo nesse processo, quando este é visto não como mediador e
sim, como educador? Ou somos nós, pais e responsáveis, que estamos falhando,
omitindo-nos em diversos aspectos, e, irresponsavelmente, transferindo a culpa
e escapando pela tangente?
São
perguntas que parecem não ter respostas, mas, diante de uma reflexão sensata,
não falta firmeza em apresentar as respostas. Precisamos entender que
absolutamente estamos falhando na seleção das prioridades, na definição das
metas e objetivos comuns para a entidade família. Prevalece os interesses
particulares, construídos pela vitrine de um mundo, nosso, único, exclusivo, que
toma conta de nossa mente, do nosso coração, e que nos torna egoístas ao ponto
de pensar em quem não nos pediu a vir ao mundo, mas, acredita ser de nossa
responsabilidade ajudar na sua educação.
As
crianças não têm culpa de estarem sendo criadas para um mundo cada vez mais
individualistas. Estão se tornando cada vez mais jovens e adultos distantes da compreensão
sobre aspectos como fraternidade e igualdade, além de confundir o que é ter
liberdade. São lemas importantes, que se perdem na memória e no tempo, como a
cor dos cabelos que se tornam brancos na velhice despreparada da vida.
Quantas
crianças, como eu, na minha infância, ouviu a mãe dizer, à noite, quando
brincávamos com os amigos, depois de uma festinha de aniversário: “Vamos,
menino, entra, que a festa acabou.” Baixávamos a cabeça, despedíamo-nos dos
amiguinhos, mesmo a contragosto, e entrávamos em casa para dormir.
Hoje,
infelizmente, muitos jovens mal orientados na sua educação e formação, estão
ouvindo, mas, da polícia, a seguinte frase: “Bora, vagabundo! Bora que a casa
caiu”.
Pequena
frase, esta última, além de forte e pesada, não acham? Pai nenhum gostaria de
ouvir?
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