por Carlos Delano
Rebouças
Certa vez, assistindo ao Programa do Raul Gil, uma menina
de mais ou menos 10 anos me chamou atenção pelo seu repertório musical. Ela
cantava Elis Regina.
E o que me espantou tanto em ver uma menina brasileira
cantar músicas do mais elevado nível de uma das maiores representantes de nossa
música popular brasileira? Antes de responder, faço outra pergunta:
Por que os grandes sucessos de hoje, aliás, de alguns anos
para cá, não são cantados e recordados como as canções que recordamos de 20, 30
ou 40 anos atrás?
Sou um homem de 43 anos. Cresci ouvindo lindas canções da
"Velha Guarda”, de grandes nomes como Nelson Gonçalves, Orlando Silva,
Elizeth Cardoso, Francisco Alves e tantos outros. Sou muito grato ao meu pai
por ter me ensinado a gostar de tão belas músicas e de tão emblemáticos
artistas.
Apesar de não ter vivido esta outra época áurea, isto é, de ter somente aproveitado um momento final de sua fase marcante, a "Jovem Guarda" de Roberto e Erasmo Carlos, de Vanderleia, do The Fevers, Golden Boys, dentre outras tem suas canções repetidas em coro por este amigo que vos fala e por tantos outros que sempre a admiraram.
Apesar de não ter vivido esta outra época áurea, isto é, de ter somente aproveitado um momento final de sua fase marcante, a "Jovem Guarda" de Roberto e Erasmo Carlos, de Vanderleia, do The Fevers, Golden Boys, dentre outras tem suas canções repetidas em coro por este amigo que vos fala e por tantos outros que sempre a admiraram.
A Bossa Nova, o Samba, a MPB (Música Popular Brasileira) e
o Rock Nacional também têm seu espaço no nosso repertório. Caetano, Gilberto
Gil, Roupa Nova, Tim Maia, Belchior, Geraldo Azevedo, Titãs, Engenheiros do
Havaí, Benito de Paula, João Nogueira. Opa! Não posso ser injusto. São tantos
que não caberão neste texto, Prefiro cantar suas músicas que nos encantam até
hoje.
O "Sertanejo" também é um estilo que nos atrai.
Bem mais aquele de raiz ou cantado pelos “pioneiros” João Mineiro e Marciano,
Milionário e Zé Rico, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e poucos outros
mais. Conseguimos resgatar suas letras, marcantes, com o passar dos anos.
Contudo, os mais novos não conseguem editar o mesmo feito.
Fazem sucesso hoje e daqui a alguns meses não mais nos lembramos da letra da
canção de sucesso, este, feito muito mais na internet. Suas canções parecem a
mesma, na mesma batida. Até nos confundem quando se iniciam, pensando nós que
se trata de uma, quando na verdade é outra.
Alguém se lembra de Cristiano Araújo? Ah! Foi o cantor que
morreu no acidente de trânsito. Essa é a resposta. Quais as suas canções?
Cantem um trechinho sequer?
Não sabemos. Seus sucessos são efêmeros. Passam e se
esgotam na voz e na memória. Mas aproveitando, digam-me quem é Leandro? Ah!
Esse eu conheço, é o irmão do Leonardo com quem fez dupla e uma das suas
canções de maior sucesso foi “entre tapas e beijos”.
Voltando à garotinha do Programa do Raul Gil, posso dizer
que música de qualidade para ser apreciada não tem idade, basta se permitir
conhecer letra e melodia, o artista e sua história, que logo, sem demora, nasce
uma admiração.
Os bons continuarão sendo cantados, lembrados e
reverenciados. Nos barezinhos, suas canções serão sempre pedidas e cantadas por
todos e em coro, para a surpresa dos mais jovens. No final das contas, amigos,
o que pesa é a qualidade.
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