sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

INOVAÇÕES OU RETROCESSOS?

por Carlos Delano Rebouças

Ontem, lembrei-me das fases de se encontrar um número de telefone ou um endereço por via dos recursos existentes. Muita coisa mudou de uns tempos para cá.

Antes, listas telefônicas de centenas de páginas, de cores branca e amarela, cuja paciência em manuseá-la era exercitada. Hoje, Google e seus recursos de busca "facilitando" nossas vidas, influenciando intensamente em um novo estilo de se viver.

Será que com o passar do tempo ficamos mais preguiçosos diante das inovações desenfreadas que acontecem no mundo e para a sua transformação?

Imagine essa nova geração – que não gosta de ler; que a leitura de uma frase cansa como se fizesse de um jornal; e que um texto mais parece uma Bíblia – procurando números de telefone de pizzaria nas obsoletas listas telefônicas, de minúsculas letras e organizadas alfabeticamente? Não imagine! Seria um caos!

Vivemos a era da praticidade. Alguém muito inteligente desenvolve um aplicativo que facilita vidas e faz muito dinheiro. São inovações ultramodernas que as deixam de ser num piscar de olhos. Logo surge algo novo que faz o novo, de instantes atrás, tornar-se peça de museu.

O que seria de nós, hoje, se não existisse o controle remoto de uma TV? O que seria da nossa fome se não existisse o sistema delivery? E sem os Smartphones, como viveríamos?

No mínimo, menos preguiçosos e mais espertos, ou menos obesos e mais atenciosos com quem nos pergunta “como vai?”.

Experimente não trocar as pilhas do controle remoto de sua TV, mesmo com todo aborrecimento que terá em ter que se levantar para trocar de canal. Tente caminhar alguns quarteirões para comprar a pizza do final de semana que costuma pedir por telefone. Que tal desligar o seu celular e bater aquele papo de batente de calçada com amigos e vizinhos.

Difícil, não é? Pode parecer. Mas não custa nada imaginar e refletir sobre tudo isso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário