por Carlos Delano Rebouças
Ontem, lembrei-me das fases de se
encontrar um número de telefone ou um endereço por via dos recursos existentes.
Muita coisa mudou de uns tempos para cá.
Antes, listas telefônicas de centenas
de páginas, de cores branca e amarela, cuja paciência em manuseá-la era
exercitada. Hoje, Google e seus recursos de busca "facilitando"
nossas vidas, influenciando intensamente em um novo estilo de se viver.
Será que com o passar do tempo ficamos
mais preguiçosos diante das inovações desenfreadas que acontecem no mundo e
para a sua transformação?
Imagine essa nova geração – que não
gosta de ler; que a leitura de uma frase cansa como se fizesse de um jornal; e que
um texto mais parece uma Bíblia – procurando números de telefone de pizzaria
nas obsoletas listas telefônicas, de minúsculas letras e organizadas
alfabeticamente? Não imagine! Seria um caos!
Vivemos a era da praticidade. Alguém
muito inteligente desenvolve um aplicativo que facilita vidas e faz muito
dinheiro. São inovações ultramodernas que as deixam de ser num piscar de olhos.
Logo surge algo novo que faz o novo, de instantes atrás, tornar-se peça de
museu.
O que seria de nós, hoje, se não
existisse o controle remoto de uma TV? O que seria da nossa fome se não existisse
o sistema delivery? E sem os Smartphones, como viveríamos?
No mínimo, menos preguiçosos e mais
espertos, ou menos obesos e mais atenciosos com quem nos pergunta “como vai?”.
Experimente não trocar as pilhas do
controle remoto de sua TV, mesmo com todo aborrecimento que terá em ter que se
levantar para trocar de canal. Tente caminhar alguns quarteirões para comprar a
pizza do final de semana que costuma pedir por telefone. Que tal desligar o seu
celular e bater aquele papo de batente de calçada com amigos e vizinhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário