Por Carlos Delano Rebouças
Conversando
com o tio de minha esposa numa oportunidade, ouvi algo que jamais tinha ouvido
na minha vida de 42 anos de idade. De imediato, reforcei meu pensamento que
aprendemos sempre, principalmente no convívio com os idosos.
Antes
contar o que ouvi do senhor José Augusto, tio de minha esposa, deixo claro a
minha gratidão a Deus por ainda ter pais e tios idosos, e avó quase centenária,
vivos, sem desperdiçar uma oportunidade sequer de conversar sempre com eles, nas
constantes vezes que os visito.
Mas
retornando à nossa conversa, o que foi dito de tão emblemático pelo tio de
minha esposa, José Augusto, um homem culto, experiente na vida, de boa
conversa, alegre, e muito sábio, por sinal? Será que me disse algo jamais
ouvido, ou que minha memória não permita lembrar, mas que sempre uso como
exemplo, principalmente para os mais jovens?
Quem
disse sim como resposta, acertou.
“Delano,
meu filho, tenho 76 anos de idade e hoje vejo meus filhos e netos, convivo com
todas nessa alegria que vê, mas o que me intriga, e vê-los acreditar que eu
estou ultrapassado, que não sei nada da vida, nem os perigos que correm”.
Com
estas palavras abriu caminho para fechar seu pensamento, convicto, de que tristes
são os jovens de hoje, que pensam que sabem mais que os idosos, pois enquanto
vivem o seu tempo, o idoso, vive a sua terceira idade, mas por ter passado por
todas as fases de vida, e ainda vive a dos jovens de hoje.
Confesso
que fiquei maravilhado com tanta sabedoria. Naquela conversa pude ver como tem,
o Senhor Augusto, sabedoria, pois minha sensatez me priva de discordar de sua
verdade.
Os
idosos têm mesmo muito a nos ensinar, seja pela experiência vivida ao longo de
sua vida, seja pela sabedoria, mas com certeza, bem menos pela insanidade, pois
mesmo que se encontre em condições mentais que não permitam uma total lucidez,
ainda têm muito a ensinar aos mais jovens.
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