Por
Carlos Delano Rebouças
A vida é uma viagem, que tem
um ponto de partida e um ponto de chegada, que nem sempre é onde planejamos e
desejamos chegar. Muitas vezes encurtadas, inesperadamente, ou quem sabe, bem
mais longa do que imaginamos ser.
Nossa imaginação nos leva a
lugares que nossos pés e aceleradores sequer conseguem chegar. Semeamos sonhos,
utópicos ou não, e deles, colhemos frutos que nos garantem uma boa lembrança.
Pelo retrovisor da vida, não
permite enxergar a possibilidade de retornar. Está distante demais para
voltar. O obstáculo vencido, ultrapassado, este, ficou para trás, perdido,
distante, pequeno, pequenino..., que lente alguma permite buscar. Somente
recordar, servindo de combustível para os novos caminhos da vida.
Para com a estrada da vida,
sempre pensamos longa, mas qual o limite de nossa extensão, de nossos desejos?
Devemos viver cada momento, cada instante como se fossem únicos, breves? Vai
saber! A vida prega cada peça...!
Só sei que onde a máquina me
leva, horizontes e fronteiras são iguais. Assim dizia o poeta, sem especificar
que essa máquina é a vida, que um dia deixa de funcionar, para, tendo o seu
ponto final decretado, mesmo contrariando a vontade de tantos; mesmo sendo a
vontade de poucos, de Deus.
Quando a viagem termina,
encerra-se o ciclo e começa outro, principalmente para quem permanece na
estrada, na condução de sua vida, olhando em seu retrovisor, puxando a memória
nas suas lembranças, em especial, as boas, sobretudo, aquelas que marcam, como
uma frenagem no asfalto das recordações.
A estrada é de todos nós e
nela estamos sempre em viagem. Não importa para onde for, a bagagem que
levamos, nem com quem vamos. O certo é que sozinhos seguimos o nosso caminho,
com o tempo de parada único, exclusivo, sem mais contar com um retrovisor para
olhar.
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