O NÍVEL DO ELEITOR BRASILEIRO
Por Carlos Delano Rebouças
Como de costume diário, leio e assisto a alguns jornais de circulação regional e nacional, e ultimamente, em cima do que é noticiado, reafirmo a minha opinião, crítica, que o cidadão brasileiro está bastante distante de saber escolher seus representantes públicos.
Do princípio que somos um povo historicamente aculturado, ao qual desvaloriza totalmente a instituição educação, desconhecendo direitos e bem mais seus deveres, com um absoluto desinteresse pelos caminhos da informação, é que ratifico que existe um total descaso com diversos fatores importantíssimos para o futuro da nação brasileira.
Em um dos jornais de Fortaleza, vi uma notícia que me deixou preocupado, mais pelo futuro que virá, porém, esperado, diante da imagem que construímos do nosso povo. Li que cerca da metade dos eleitores cearenses não conhece o candidato que irá votar, e quando conhece, somente é por ouvir falar, e ainda, sequer sabe seu número. Essa é a realidade, mediante pesquisas realizadas, do eleitor do nosso estado, e não duvidemos, que é o retrato de outros estados da nossa federação.
O ato de votar, para muitos brasileiros, que se dizem letrados, bem diferente de analfabetos, que ainda podemos entender, trata-se de uma árdua tarefa. Muitos sequer sabem em quem votar, quanto mais saber diferenciar poderes, funções e importância. Votam por votar e que se dane o país. Defendem-se dizendo: " Não importa em que votem e se votei errado... todos são farinha do mesmo saco".
Não vejo argumentos como este, suficientes para justificar a incapacidade de escolher através do voto o seu representante. Significa somente atestar a sua ignorância e o seu desconhecimento, diante da irresponsabilidade dos gestores públicos, eleitos pela maioria que pensa desta forma, consequência da falta de investimento na educação de um país, que insiste em dizer que cresce e evolui.
Dia 05 de outubro se aproxima. Esta data significa, como tantas outras que já tivemos e que ainda teremos pela frente, mais uma oportunidade de fazer más escolhas. Novamente veremos pessoas tendo seu voto comprado por muito pouco. Mais uma vez veremos poderosos se perpetuando no poder às custas de ignorantes, que às vezes pensam que não são tanto, somente porque frequentou uma escola e tem um diploma. Outra vez faremos o nosso papel de cidadão, sem ser cidadão ao longo de nossa vida, cobrando nosso direitos e cumprindo o nosso dever. Mais uma vez vamos às urnas.
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