1 – Escolha bem o que vestir – Em primeiro lugar, João aconselha começar pelo mais básico. Que roupa você vai vestir? A decisão não é tão simples. Não vá pensando que é só pegar aquele jeans e aquela camiseta que você adora e tudo está resolvido. Quando falamos de empresas e processo de seleção, alguns cuidados simples podem fazer toda diferença.
“O ideal é que o candidato se vista como se já trabalhasse na empresa”, diz ele. Ou seja, pesquise o chamado “dress code” da empresa conversando com pessoas que trabalham lá ou apenas observando isso (se puder dar uma passada lá por perto antes da entrevista).
Na dúvida, a dica é usar roupas mais sociais. “É melhor errar para mais do que para menos”, ele diz. “Além disso, se chegar de gravata e constatar que o ambiente não é dos mais formais, é só tirar a gravata, dobrar a manga da camisa, tirar o paletó”, recomenda. “É mais fácil passar do social para o esporte do que o contrário.” Para as mulheres, cuidado com cabelos e unhas também são essenciais.
2 – Tome cuidado com a fala – A segunda dica é a de tomar muito cuidado com o que vai dizer e também com a forma que vai dizer. Evite erros de português e gírias, por favor. “Fale apenas o necessário, sobre o que for perguntado”, recomenda ele.
3 – Valorize sua experiência acadêmica – Em processos de seleção em geral, o que mais pesa são os resultados obtidos pelos candidatos em experiências anteriores. Claro que, se você está procurando seu primeiro emprego, o recrutador já sabe que você não tem experiência profissional (muito menos resultados) para apresentar, mas não é por isso que você vai ficar mudo.
“Você deve explorar seus resultados na escola, participações em congressos, seminários, cursos de aperfeiçoamento, trabalhos desenvolvidos, como TCC e Monografias, e, principalmente, estágios, trabalhos voluntários, trabalho de férias, intercâmbios”, diz João.
4 – Pense em situações em que foi desafiado – Outra dica é que muitas entrevistas de emprego são baseadas em situações que você já viveu. Para não correr o risco de ter um branco na hora, você pode deixar a memória preparada. Lembre, com antecedência, de situações em que você se sentiu desafiado, em que teve que resolver algum problema, por exemplo. É bem provável que alguma pergunta assim surja no bate-papo. Ah, sim, e não se importe com a simplicidade das tarefas que você vai relatar, isso já é esperado pelo entrevistador.
“O que importa é a forma como você alcançou os resultados e não o resultado em si”, diz ele. Isso porque, você tende a agir de maneira semelhante quando se deparar com outro desafio ou tarefa, e é isso que o entrevistador quer saber – como você agiu diante da situação. “As empresas procuram pessoas capazes de produzir resultados e realizar o trabalho da maneira mais eficiente possível e a melhor forma de mostrar que você pode entregar tudo isso é contar o que já fez.”
5 – Estude a empresa – Antes da entrevista, é obrigatório fazer a lição de casa e estudar a empresa em que você quer trabalhar. Use e abuse da internet para investigar e descobrir tudo sobre ela – sua história, o que ela faz, o que produz, qual seu tamanho, se é nacional ou não, quem são suas concorrentes, como ela está em relação à concorrência etc etc etc. “Também procure imaginar como você pode contribuir com o desenvolvimento da empresa e questione por que você quer trabalhar lá.”
6 – Pense nos seus pontos fortes e fracos – Outra lição de casa é pensar no que você tem de melhor. “Descubra seu pontos fortes e prepare exemplos que os demostrem, como situações vividas que comprovam o exercício de tais qualidades”, diz João. Bem, é preciso também descobrir seus pontos fracos, os pontos em que você precisa se desenvolver, porque isso também pode ser questionado durante a entrevista.
7 – Seja você mesmo – Segundo João, o entrevistador já vai esperar que você esteja nervoso porque isso é muito comum. “Se ele for bom entrevistador, cuidará para que você se sinta mais à vontade”, diz. De qualquer forma, a melhor estratégia para combater o nervosismo é ser você mesmo.
A dica é clara: não elabore mentiras ou histórias sofisticadas para querer impressionar. Seja você mesmo e tudo fica bem mais fácil. Além disso, os processos seletivos buscam colocar a pessoa certa no lugar certo. “Se você for preterido não significa que é um mau profissional, mas que havia alguém mais aderente ao perfil solicitado”, diz.
Na maioria das vezes, o perfil comportamental pesa mais do que competências técnicas ou capacidade intelectual. Por exemplo, uma pessoa mais introvertida pode não se desenvolver bem em um cargo que exija extroversão e uma pessoa que goste de fazer análises estatísticas pode não se sentir confortável em uma posição que exija criação. “Portanto, querer forçar um perfil só trará transtornos, no médio e longo prazos, para a empresa e para o profissional.”
Por fim, a dica geral é: “Mostre seus resultados, mostre sua trajetória e seu desenvolvimento, seja claro e sucinto, capriche no português e seja você mesmo!”.
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