Por
Carlos Delano Rebouças
Concordo
que é duro um pobre trabalhador, que dá muito duro na vida, trabalhando
honestamente, para manter sua família, honrar seus compromissos, e ter que
lidar com corrupção, com aumento do custo de serviços, e com as demais
dificuldades diárias, decorrentes de uma redução orçamentária, que acaba
dificultando ou freando qualquer possibilidade de crescimento e de busca de um
sonho. Sem dúvidas alguma que concordamos.
Também
procuramos entender a revolta por parte da classe média, esta, que acostumada a
ter uma vida mais tranquila, passou a conviver com arrochos, controle
orçamentário, e limitações, que outrora, eram típicas das classes menos
favorecidas da sociedade.
Porém,
vejo que não são somente questões econômicas e financeiras que vem influenciado
os brasileiros, causando essa revolta nacional, com um grito de impeachment da
presidente do país. Na realidade, são tanto outros inúmeros problemas sociais
que como uma bola de neve, vem crescendo a cada dia, fazendo com que o
pacientômetro do brasileiro chegasse ao seu limite.
Insatisfações
históricas quanto à saúde pública, segurança, educação, distribuição de renda,
oportunidades, moradia, dentre outras, tornaram-se intoleráveis diante do
surgimento de tantos escândalos, também históricos e antigos, porém guardados a
sete chaves, ou empurrados para baixo do tapete, por conveniência. Sempre
favorecendo uma minoria em detrimento dos interesses de uma maioria, que sequer
sabe o que quer, mas que já está de “saco cheio” de tantos escândalos.
As
manifestações são sinais disso – de uma insatisfação com tudo que acontece no
Brasil – e que alguns acreditam que na mudança de comando está a solução. Engano
pensar assim. Engano pensar que a culpa está no comanda da presidência.
Os
desmandos neste país, mesmo com a saída de Dilma demorarão muito a deixar de
ser facilmente percebidos, bem mais difícil diante do aparecimento de um
salvador da pátria, bem mais fácil, pelo reaparecimento de políticos
interesseiros, travestidos de nacionalistas, sedentos em reassumir postos que
não aceitam terem perdido. Entendam que essa ciranda de comandantes irá
permanecer por muito tempo.
Aí
vejo mesmo que não seja dita, a pergunta: Qual seria a solução, manter a Dilma
no poder, e deixar como estar?
Respondo:
O brasileiro não precisa mostrar mais a sua força e sua capacidade de mudar.
Assim foi feito em 1992, com o Collor de Mello.
Precisamos
sim, é mudar nossa postura, cobrando mais dos nosso representantes e mostrando
a eles que somos capazes de mudar o país, nas urnas, de forma democrática, sem
desmerecer o que diz a nossa Constituição.
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