A FELICIDADE PROMETIDA POR JESUS
O evangelho da solenidade de Todos os Santos e Santas de Deus nos provoca a buscar a santidade. Esse caminho, porém, parece esquecido pela sociedade de hoje. Isso talvez se deva ao fato de que a visão tradicional de santidade já não motiva a sociedade moderna, envolvida na correria cotidiana e fascinada pelo mundo digital.
Se refletirmos sobre as bem-aventuranças anunciadas por Jesus, veremos que a santidade não se limita à ideia de recolhimento e fuga do mundo. Ao contrário, é ideal que nos impele a nos inserir no burburinho e no frenesi do dia a dia.
A primeira vista, parece que as bem-aventuranças nos convidam a passividade estéril e a uma submissão desumana. Na verdade, contudo, elas nos convocam para o não conformismo com as injustiças e com a violência e nos levam a agir, na busca dos valores do reino de Deus.
Felizes os pobres, porque não optam pela exploração para acumular e enriquecer sozinhos. Felizes os mansos, porque lutam sem violência pelos direitos de todos. Felizes os aflitos, porque não se conformam com a opressão. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque traz dignidade a todo o povo. Felizes os misericordiosos, porque sentem os problemas dos outros e prestam ajuda. Felizes os que promovem a paz, porque paz é sinal de bem-estar para todos. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque estão no caminho da construção do reino de Deus.
A primeira e a última bem-aventuranças constituem como que a moldura de todo o anúncio de Jesus. Elas prometem e garantem o reino dos céus. Os “pobres no espírito” são os que não se encontram e sintonizam com o espírito que Deus lhes inspira.
Eis as propostas de felicidade que Jesus nos apresenta e que são o caminho da santidade; elas requerem que nos empenhemos, a exemplo de Jesus, para que o reino de Deus se torne realidade na sociedade.
Pe. Nilo Luza, ssp
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