Por Carlos Delano Rebouças
Nas diversas conversas que mantemos no nosso
dia a dia, com as mais diferentes pessoas, e com os mais diversificados
assuntos, uma conclusão é certa, de concordância generalizada, que é a de como
é difícil lidar com pessoas.
Não necessariamente precisamos recorrer a
Freud para compreender a mente humana, nem mesmo buscar em um psicanalista,
respostas para as atitudes que tomamos. Somos de fato, complicados, porque
preferimos ser assim. São escolhas, muitas vezes impensadas, estimuladas, por
diversos fatores externos, que muitas vezes criam um escudo de defesa que mais
parece de ataque.
Como somos vaidosos! Como somos incoerentes na
apresentação de nossos argumentos de defesa, de nossas teses, nas relações que
não só nossas.
Quantos pensadores passaram por este mundo e
deixaram seus legados? Belos pensamentos que costumamos encontrar em livros,
contextualizados, e quem sabe, nas redes sociais. Lindas palavras que passam
tão despercebidas, diante de nossa incoerência em aceitar, em entender e em
compreender o quão são importantes.
Relações são desfeitas, como se desfaz uma
mala. Tira-se da vida alguém que inevitavelmente fez parte de sua construção,
como uma peça de roupa do armário, que saiu da moda. E qual o esforço feito
para evitar tudo isso?
Nenhum, ou quase isso, mas certamente, ninguém
assume a sua parcela de culpa no processo. É bem mais fácil atribuir ao outro a
culpa pelo fechar das cortinas, de uma peça teatral que incipientemente nasceu
como romântica, e terminou como tragédia.
Eu não me rendo! Não dou o braço a torcer! Sou
forte! Tantas frases mal elaboradas em momentos tão delicados. Que fortes que
nada, somos fracos, pois resistimos em dar o braço a torcer, sem se render a
sua felicidade. Esta insiste em que desista, mas da luta contra a vaidade.
Esforce-se sempre, pela busca e manutenção das boas relações, da paz e do amor.
Que pena, que nem sempre acontece assim; que
tantas relações são desfeitas. Não falamos somente de amizades, mas, com mais
ênfase, em casamentos. Como ficam felizes os donos de cartórios, não acham?
Ganham dinheiro fazendo e desfazendo casamentos, porém, o ‘tabelião’ maior
deste mundo, Deus, é sem dúvida o menos satisfeito com tudo isso. Ele diz que o
que é unido por ele, jamais será quebrado.
Esforcemo-nos mais, aliás, bem mais, caso
acredite já estar se esforçando. Lute por suas relações até o último instante.
Abandone as falsas vaidades, porque não passam de vaidades e não levam a nada. Honre
a bandeira da harmonia em defesa da paz, e busque num ser superior energia para
superar os obstáculos da vida, que jamais deixaram de surgir.