Foram concluídas, esta semana, as obras da
plataforma semissubmersível P-55. Nesta terça-feira (17/09), serão iniciados os
testes de inclinação da plataforma e, após essa etapa, a P-55 seguirá para o
Campo de Roncador, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro.
Projeto integrante do Módulo 3 do Campo de
Roncador, a P-55 ficará ancorada a uma profundidade de cerca de 1.800 metros e
será ligada a 17 poços, sendo 11 produtores e seis injetores de água. A
exportação de petróleo e gás natural da plataforma será realizada por dutos
submarinos acoplados à unidade.
Com 52 mil toneladas, 10 mil m² de área, a P-55 é a
maior plataforma semissubmersível construída no Brasil e começará a produzir em
dezembro de 2013. Com capacidade para produzir 180 mil barris de petróleo e
tratar 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia, a plataforma é uma das
maiores semissubmersíveis do mundo.
A obra gerou cerca de 5 mil empregos diretos e 15
mil indiretos e alcançou o índice de 79% de conteúdo nacional, proporcionado
principalmente pelo fato de a construção e a integração terem sido feitas
totalmente no Brasil. A edificação da plataforma foi realizada em duas partes
construídas de forma simultânea, casco e topside, e posteriormente unidas.
O casco da unidade teve as atividades executadas no
Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco, de onde seguiu para o Polo Naval,
no Rio Grande do Sul, para continuidade dos serviços. No Polo Naval, foram
feitas as instalações do convés e dos módulos, bem como a integração dos
sistemas da plataforma. A construção dos módulos de Remoção de Sulfato e
Compressão de Gás também foi feita no local. Outros módulos, entre eles o de
Remoção de CO2, foram construídos em Niterói (RJ) e, depois de prontos,
transportados até Rio Grande.
A operação que acoplou as duas grandes partes da
plataforma (convés e casco), chamada de Deck Mating, é considerada o marco mais
desafiador da construção da unidade e uma das maiores já executadas no mundo, em função do peso da estrutura
(17 mil toneladas) e a altura a que foi levantada (47,2 metros). A manobra foi
realizada dentro do dique-seco do ERG1, em junho de 2012, por meio do içamento
do convés, técnica inédita no Brasil.
Dados da P-55
Processamento de petróleo: 180 mil barris/dia
Tratamento de gás: 4 milhões m /dia
Conteúdo Local: 79%
Tratamento de água de injeção: 48 mil m/dia
Geração elétrica: 100 MW
Lâmina de água: 1.800 m
Número de linhas de ancoragem: 16
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