Autor: Carlos Delano Rebouças
Do lado de cá da
vida, o homem acredita conquistar e dominar o mundo, e tudo em que nele deseja
como se existissem somente esses dois verbos a se conjugar na sua existência.
Sente-se poderoso, infalível, invencível. Num puro achismo, imagina está
blindado não do mal que lhe pode ser feito – passivo a qualquer ser de um mundo
maniqueísta que se confirma pela ambição humana – mas da possibilidade de ficar
sem tudo o que acha ser.
Claro e evidente engano! Essa batalha entre o bem e o mal, apesar de
ser desacreditada por muitos diante de um elevado otimismo, existe. Sejamos
realistas. Temos provas que do lado de cá, o real mostra-se também de forma
dolorosa.
Walt Disney disse: “Se podemos sonhar, também podemos tornar
nossos sonhos realidade”. Pena que essa realidade – bem diferente daquele mundo
de fantasias de seus estúdios, que encantam e criam um mundo de fantasia – pode
sofrer mutações capazes de lhe levar a reflexões sobre a sua existência e suas
crenças; capazes também de disseminar na sua mente a vontade de perguntar,
mesmo que lhe faltem voz e coragem de gritar, por que aquilo está acontecendo
logo com você.
Infelizmente
acontece. Do lado de cá somos peças de um jogo cruel e impiedoso; justo ou nem
sempre; fiel e desleal; que une e desune interesses, sem uma perfeita
definição. Manifestamos nossas vontades bem mais que as necessidades carentes
de revelação. Até parece que tudo se finda do lado de cá, ou seja, que mais
nada existe além.
Além desse mundo
povoado de pessoas ambiciosas, pode existir outro de pessoas melhores. Não tão distante
desse em que vivemos, mas separado apenas pela fronteira dos bons pensamentos,
pode ter seus limites vencidos pela vontade de mudar. Bastar caminhar um
pouquinho, só um pouquinho mesmo, pela estrada do interesse, em frente,
seguindo as placas que orientam para a sua transformação. Sem demora chegará
além do que pode imaginar de ideal para a sua vida.
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